Aves foram trazidas da Europa e reintroduzidas na natureza em 2022.
-dezembro 4, 2025
Aves foram trazidas da Europa e reintroduzidas na natureza em 2022.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) confirmou que 11 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), recapturadas no início de novembro, testaram positivo para circovírus, agente causador da doença do bico e das penas. A enfermidade, de origem australiana, é considerada altamente letal para psitacídeos, embora não ofereça risco a humanos.
As aves haviam sido repatriadas da Europa e soltas na Caatinga em 2022, como parte do plano de reintrodução da espécie — considerada extinta na natureza por duas décadas. Investigações apontaram falhas graves de biossegurança no criadouro parceiro, incluindo limpeza inadequada das instalações e uso incorreto de equipamentos de proteção individual.
Como consequência, a instituição foi autuada em cerca de R$ 1,8 milhão pelo ICMBio, além de uma multa adicional de R$ 300 mil aplicada pelo Inema.
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Com a confirmação da doença, o ICMBio determinou o isolamento imediato das aves contaminadas e das que testaram negativo, reforçando protocolos de biossegurança para evitar a disseminação do vírus entre psitacídeos da fauna local.
A continuidade do programa de reintrodução depende do manejo ex situ, já que as populações mantidas em cativeiro são atualmente as únicas viáveis para reprodução. O acordo com a ACTP — responsável por parte das aves repatriadas — foi encerrado em 2024 após descumprimento de exigências, mas o objetivo de restabelecer a população de ararinhas-azuis na Caatinga permanece como prioridade da política de conservação.