Decisão judicial que definiu a intervenção partiu da Vara de Interesses Difusos e Coletivos
Decisão judicial que definiu a intervenção partiu da Vara de Interesses Difusos e Coletivos
A interventora nomeada pela Justiça para comandar a Federação Maranhense de Futebol (FMF) pelos próximos 90 dias, Susan Lucena, concedeu entrevista ao programa Tá na Hora, da TV Difusora, nesta quarta-feira (6), e detalhou os primeiros passos da sua gestão. A decisão judicial que definiu a intervenção partiu da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, sob o comando do juiz Douglas de Melo Martins.
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Segundo Susan, o principal objetivo é garantir a realização das eleições na entidade, promover a reestruturação do estatuto e conduzir um processo com transparência. “Estamos assumindo essa missão determinada judicialmente para, em 90 dias, cumprir o que foi estabelecido. Isso inclui a organização das eleições, atualização do estatuto e a continuidade dos campeonatos já programados”, afirmou.
A interventora informou que a prioridade inicial tem sido o levantamento de dados, acessos e documentos da entidade. As informações serão consolidadas em um relatório a ser entregue ao Ministério Público e à Vara de Interesses Difusos.
Susan destacou que o trabalho será técnico, jurídico e administrativo. “Não fui convocada por nenhum time, nem vou apitar jogo. Estou aqui para fazer uma gestão séria, baseada na legalidade e no diálogo com todos os envolvidos no futebol maranhense”, explicou.
A interventora também comentou sobre sua escolha para o cargo, que foi questionada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade tenta na Justiça substituir a intervenção por uma indicação própria.
“Já era esperado que houvesse recursos. Isso tem acontecido em outros estados. Mas fui escolhida justamente por não ter vínculos com grupos ou chapas. Isso garante a isenção necessária para investigar e organizar a casa”, afirmou.
De acordo com o Ministério Público, que moveu a ação civil pública, há suspeitas de confusão patrimonial e perda de mais de 80% do patrimônio da FMF. A Justiça também apontou mudanças no estatuto que favoreceriam a perpetuação no poder.
Sobre a realização das eleições na FMF, Susan reforçou que tudo será feito com cautela. “Ainda estamos no início. Precisamos ouvir os clubes, os árbitros e todos os envolvidos. Vamos construir um novo estatuto com diálogo e responsabilidade”, afirmou.
Ela concluiu dizendo que a prioridade é organizar e fortalecer o futebol maranhense. “Queremos ver nossos estádios cheios, nossas torcidas vibrando, mas com uma federação estruturada, transparente e representativa.”