Sem combustível, a única central elétrica da Faixa de Gaza parou de funcionar na manhã desta quarta-feira (11), deixando o território palestino, onde estão mais de 2,3 milhões de pessoas, sem eletricidade.
Com isso, os hospitais da região terão que contar com geradores de emergência, que, segundo o governo local, devem durar apenas dois dias. A situação é classificada como uma catástrofe humanitária pelo presidente da Autoridade de Energia Palestina, Thafer Melhem, já que o número de feridos em Gaza chega a 5.184, e 1055 mortos.
“Isso ameaça mergulhar a Faixa de Gaza na escuridão total e impossibilita a continuidade do fornecimento de todos os serviços básicos de vida. Todos dependentes de eletricidade”, afirmou. “Esta situação catastrófica cria uma crise humanitária para todos os residentes da Faixa de Gaza”.
Isso também significa que não haverá água corrente ou elevadores funcionando nos poucos prédios que sobraram depois que bombardeios israelenses dizimaram bairros inteiros, deixando mais de 175 mil deslocados internos. A maioria está em abrigos oferecidos pela agência da ONU para refugiados palestinos, conhecida como UNRWA.
A UNRWA lançou um apelo para continuar auxiliando os palestinos impactados pelo conflito entre Israel e o grupo Hamas. Segundo a organização, todas as 88 escolas que estão sendo usadas como abrigo estão superlotadas e com disponibilidade limitada de alimentos, outros itens básicos e água potável.
Sob bloqueio militar de Israel desde junho de 2007, há apenas uma rota de fuga no enclave palestino: a passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito. Contudo, desde terça-feira (10), o ponto de passagem foi bombardeado pelo menos três vezes pela Força Aérea israelense.
Fonte: SBT News
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