O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse, nesta segunda-feira (10), que o presidente Vladimir Putin se reuniu com o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, pouco tempo após o motim do dia 24 de junho. Segundo o político, o encontro foi realizado no dia 29 de junho e contou com a presença de outras autoridades do governo.
“O presidente deu sua avaliação das ações da empresa [militar privada] nos eventos de 24 de junho. Os próprios comandantes apresentaram sua versão do ocorrido. Eles ressaltaram que são apoiadores ferrenhos e soldados do chefe de Estado e do comandante-em-chefe, e também que estão prontos para continuar a lutar por sua pátria”, disse Peskov.
O impasse entre o grupo Wagner e o Kremlin começou no dia 23 de junho, quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Prigozhin explicou que a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.
A rebelião durou cerca de 24h, sendo encerrada após um acordo entre Prigozhin e o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko – parceiro de Putin. O líder dos mercenários, que auxiliam na invasão na Ucrânia, explicou que o Kremlin aceitou retirar o processo criminal que havia sido aberto contra ele, além de descartar possíveis punições aos combatentes envolvidos na rebelião.
Na declaração de hoje, Prigozhin afirmou que durante a reunião com Prigozhin, Putin ofereceu mais opções aos mercenários, como cargos de trabalho e uso adicional em combate. Além destes, o governo russo forneceu as seguintes opções para os combatentes: se estabelecer na Belarrússia, juntar-se ao exército russo ou voltar para casa.
Fonte: SBT News