O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, e o líder venezuelano, Nicolás Maduro, se reunirão nesta 5ª feira (14.dez) em São Vicente e Granadinas, país do Caribe. O encontro foi organizado pela Comunidade do Caribe (Caricom) em meio à reivindicação de Caracas pela região de Essequibo, marcando o primeiro diálogo oficial entre os líderes.
A província de Essequibo, uma área rica em minerais que compõe 74% do território guianense, é reivindicada pela Venezuela desde 1841. Na última semana, o governo de Nicolás Maduro propôs um projeto de lei para anexar a região e criar um novo estado venezuelano. A decisão foi tomada após 95% da população votar a favor do plano.
A ação foi criticada pela Guiana, sobretudo por Maduro ter apresentado um novo mapa da Venezuela, incluindo a região de Essequibo. O país defendeu que a decisão vai contra a jurisdição da Corte Internacional de Justiça, que proibiu a Venezuela de tomar qualquer atitude que pudesse mudar o status quo na área.
Em meio ao cenário de insegurança, a Guiana acionou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e reforçou a proteção na fronteira.
Segundo os organizadores, o encontro desta 5ª feira será mediado pelo primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas e presidente interino da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Ralph Gonsalves, e pelo assessor brasileiro para Assuntos Internacionais, Celso Amorim. Representantes da ONU também estarão presentes.
Apesar dos esforços internacionais, a chance da reunião ser produtiva é pequena. Isso porque Irfaan Ali já afirmou que não pretende debater Essequibo com Maduro, já que a anexação da região pela Venezuela está fora de questão. “O Tribunal Internacional de Justiça será quem irá determinar a controvérsia sobre as fronteiras”, disse o líder.
Com Informações do Sbt News