A presidente do Peru, Dina Boluarte, prorrogou o estado de emergência por 30 dias em Lima, capital, em meio aos protestos no país. Segundo decreto publicado no último sábado (14.jan), a medida também se aplica a outras sete regiões: Callao, Puno, Cusco, Andahuaylas, Tambopata, Tahuamanu e Torata.
Com a ação, os locais ficam desobrigados a cumprir os incisos da Constituição que dizem respeito ao livre trânsito pelo território nacional e reuniões pacíficas. As restrições em Puno, que tem registrado confrontos violentos entre manifestantes e policiais, incluem ainda um toque de recolher, das 20h às 4h, por 10 dias.
Os protestos no Peru acontecem desde dezembro do ano passado, quando Boluarte assumiu o comando do país após Pedro Castillo ser preso por tentativa de golpe de Estado. Além da renúncia de Boluarte e da soltura de Castillo, os manifestantes pedem a dissolução do Congresso e mudanças na Constituição.
Até o momento, os protestos resultaram em 49 mortes. O alto número de óbitos levou o Ministério Público peruano a instaurar um inquérito de genocídio contra a presidente e funcionários do gabinete.
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