Alternativa ao carro e metrô, os patinetes elétricos devem desaparecer das ruas de Paris, na França, a partir de setembro. Isso porque, em referendo neste domingo (2), a maioria dos parisienses se opuseram a manutenção do veículo na cidade.
A pergunta que a prefeitura fez aos eleitores em um mini-referendo foi: “A favor ou contra patinetes de autoatendimento em Paris?”. A maioria esmagadora das mais de 100 mil pessoas que participaram do pebliscito rejeitaram os patinetes elétricos (89%), com apenas 11% apoiando a permanência do transporte sustentável.
A votação foi aberta aos 1,38 milhão de eleitores registrados em Paris, mas o baixo comparecimento foi criticado pelas empresas do ramo.
“O resultado é baseado em cerca de 100 mil votos, o que equivale a uma participação eleitoral de 7,46%”, disse o porta-voz da mobilidade do TIER, Florian Anders. “Então, isso significa que um grupo muito pequeno de pessoas tem uma influência desproporcional no sistema de mobilidade urbana da cidade, o que achamos uma pena.”
Uma declaração conjunta da Lime, Dott e TIER, empresas que oferecem aluguel de patinetes na capital francesa, apontou para “métodos de votação restritivos” que não incluíam votação online ou por procuração.
“Lamentamos que os parisienses percam uma opção de transporte compartilhado e verde… É um retrocesso para o transporte sustentável em Paris antes das Olimpíadas de 2024”, acrescentou.
Espalhadas por Paris, fáceis de localizar, alugar e relativamente baratas, as scooters fazem sucesso entre os turistas que adoram a velocidade e a liberdade que oferecem.
Nos cinco anos desde a sua introdução, na esteira dos carros e bicicletas compartilhados, os patinetes de aluguel também conquistaram seguidores entre alguns parisienses que querem escapar do metrô e outros transportes públicos.
Mas muitos franceses reclamam que as e-scooters são uma ameaça ao trânsito. Os microveículos estiveram envolvidos em centenas de acidentes, alguns fatais.
A decisão não irá afetar proprietários de patinetes elétricos.
Fonte: SBT News
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