“Não estou dizendo que dará tudo errado amanhã, mas temos que perceber que não é certo que estaremos em paz”, disse o presidente do Comitê Militar da aliança ocidental, o almirante holandês Rob Bauer, após uma reunião dos chefes de defesa da Otan, em Bruxelas.

Bauer ressaltou que a Otan não está buscando briga, mas não vai recuar em caso de ataque. “Não estamos buscando nenhum conflito, mas se eles nos atacarem, temos que estar preparados”, reforçou o almirante.

Em caso de guerra global, Bauer ainda afirmou que vários civis vão precisar ser mobilizados. E os governos devem garantir que as suas nações estejam prontas para a guerra:

Temos que perceber que não é um dado adquirido que estamos em paz. E é por isso que nós [forças da OTAN] temos planos, é por isso que estamos nos preparando para um conflito com a Rússia”, disse Bauer.

Ele também reforçou que a Ucrânia em guerra com a Rússia, vai continuar tendo o apoio da Otan no futuro porque “o resultado deste conflito vai determinar o destino do mundo”.

As declarações aconteceram antes do maior exercício militar da Otan em décadas. O bloco anunciou que fará um treinamento de vários meses, com 90 mil soldados. É o maior exercício da Otan desde 1988, antes do colapso da União Soviética. O treinamento vai durar até maio e vai contar com a participação dos 31 países da Otan e da Suécia, que deseja aderir ao grupo.

“Será uma demonstração clara de nossa unidade, de nossa força e de nossa determinação em protegermos uns aos outros”, disse o general norte-americano Christopher Cavoli, chefe do comando da Otan na Europa.

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