A diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, expressou preocupação com o fato de países estarem “normalizando” o aumento de mortes e desaparecidos de migrantes e refugiados no Mar do Mediterrâneo. Em declaração nesta 2ª feira (2.out), a diplomata prometeu trabalhar com os governos para fornecer soluções.
“Nossa maior preocupação é que as mortes no Mediterrâneo tenham sido normalizadas. Se realmente vamos impedir que as pessoas cruzem o Mediterrâneo em barcos precários e morram enquanto o fazem, precisamos abordar a situação de forma muito mais abrangente”, disse Amy.
A declaração acontece no momento em que a Europa vive uma das maiores crises migratórias da história. Guerras, violências e pobreza estão entre os principais fatores que levam os migrantes partirem no trajeto do Mediterrâneo, um dos mais perigosos do mundo. Apenas em 2023, mais de 2 mil pessoas morreram ou desapareceram no local.
Durante a declaração, Amy, que assumiu o posto de diretora-geral da OIM no domingo (1º.out), afirmou que pretende construir parcerias com empresas privadas para gerenciar melhor a migração, assegurando os direitos humanos. “As evidências são bastante esmagadoras de que a migração realmente beneficia as economias”, justificou.
A rota do Mediterrâneo é a travessia entre a Líbia, situada no norte da África, e a Itália, no sul da Europa. O trajeto é utilizado por imigrantes devido a curta distância entre os dois países. Desde o início do ano, quase 130 mil migrantes chegaram às costas italianas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
Fonte: SBT News
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