O ex-vice-presidente americano Mike Pence apresentou nesta segunda-feira (05/06) a documentação à Comissão Federal de Eleições dos Estados Unidos para concorrer às primárias do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024.
Pence pretende lançar oficialmente a pré-candidatura com um discurso na quarta-feira em Iowa, coincidindo com seu aniversário de 64 anos. Mais tarde no mesmo dia participa de um encontro com cidadãos organizado pela emissora CNN na capital estadual Des Moines.
Dessa forma Pence passa a integrar a extensa lista de candidatos à indicação republicana para a presidência dos EUA, como o ex-presidente Donald Trump; o governador da Flórida, Ron DeSantis; a ex-embaixadora americana na ONU Nikki Haley; o ex-governador do Arkansas, Asa Hutchinson; e o senador pela Carolina do Sul Tim Scott. Também apresentaram suas candidaturas os empresários Vivek Ramaswamy, Ryan Binkley e Perry Johnson, assim como o radialista Larry Elder.
De acordo com a média ponderada das pesquisas realizadas pelo site FiveThirtyEight, Trump parte como favorito para vencer a indicação republicana à presidência dos EUA, seguido por DeSantis, Pence, Haley e Ramaswamy.
Apostando na agenda ultrarreligiosa
Pence conta como trunfo os quatro anos em que atuou como vice-presidente durante o mandato de Trump, de 2017 a 2021. Antes, foi congressista de 2001 a 2013 e governador de Indiana de 2013 a 2017.
O ex-vice-presidente é apoiado pelo Super PAC Committed to America, que lançou em meados de maio e que preside junto com o ex-congressista pelo Texas Jeb Hensarling e o veterano consultor republicano Scott Reed.
Um Super PAC é uma organização de arrecadação de fundos que pode coletar doações de indivíduos, corporações e sindicatos e gastar quantias ilimitadas em campanhas.
Profundamente religioso, Pence pode ter forte apelo entre os eleitores evangélicos, aos quais frequentemente se dirige falando sobre sua fé e as questões que são importantes para eles, como políticas antiaborto e pró-liberdade religiosa.
Nesse sentido, deixou claro seu apoio aos estados que aprovam leis restritivas para limitar ainda mais o acesso ao aborto, e acredita que a pílula abortiva Mifepristone, a mais usada nos EUA para interromper a gravidez, não deve ser comercializada. Na esfera federal, defendeu a existência de uma legislação que proíbe o aborto após a 15ª semana de gestação.
Durante a invasão do Capitólio de 6 de janeiro de 2021, Pence, que naquele dia atuava como presidente do Senado em virtude de seu cargo de vice-presidente, ignorou os apelos de Trump para obstruir a ratificação do democrata Joe Biden como presidente dos EUA.
Fonte: DW Brasil
Tags: cnn, donalt trump, EUA, mike pence, presidente