A geração de empregos nos Estados Unidos em abril, exceto o setor agrícola, surpreendeu: foram criadas 253 mil vagas, de acordo com relatório do Departamento do Trabalho, o chamado Payroll, divulgado nesta sexta-feira (5). O número veio acima do esperado. Analistas esperavam que 180 mil empregos teriam origem no mês passado.
O desemprego foi menor do que a expectativa: a taxa ficou em 3,4% no mês, contra projeção de 3,6%. São ambos indicadores de um momento em que a economia, pra dizer o mínimo, permanece aquecida. E aí aparece a diferença entre os dois lados do balcão de empregos americano: mais postos de trabalho beneficiam o cidadão, o consumidor.
Mas, ao mesmo tempo, acendem o alerta para a autoridade monetária que tende a entender que a economia com maior giro vai implicar em juros mais altos, pra conter a inflação. A pergunta do milhão, aqui, é onde se dará o ponto de equilíbrio?
Passado recente
Houveram ainda revisões dos números dos meses recentes. As 326 mil vagas criadas em fevereiro recuaram para 248 mil; em março a revisão puxou 236 mil postos para 165 mil. São 149 mil postos a menos do que o calculado antes. Estas contas refeitas podem jogar a favor de um ciclo de aperto monetário menor, uma vez que denotam um movimento da economia menos intenso do que calculado anteriormente.
São dados que terão influência sobre as próximas decisões quanto aos juros pelo Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (FED), o Banco Central dos Estados Unidos.
Veja abaixo setores entre os que mais geraram carteiras assinadas no mês passado no cenário americano.
- Serviços profissionais/empresariais: gerou 43 mil vagas/abr
- Hotelaria e lazer: gerou 31 mil vagas/abr
- Saúde: gerou 40 mil vagas/abr
- Assistência social: gerou 25 mil vagas/abr
- Atividades financeiras: gerou 23 mil vagas
- Serviço público: 23 mil postos
- Mineração e extração: gerou 6 mil postos
Fonte: SBT News
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