Mais de 50 países terão eleições em 2024; saiba em quais ficar de olho

Mais de 50 países terão eleições em 2024. No Brasil, iremos às urnas para os pleitos municipais, mas grandes potências mundiais como Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Índia vão definir os presidentes para os próximos anos. Outros, como Taiwan, Paquistão e El Salvador não ganham tanta atenção, mas demandam atenção pelas consequências no mundo todo.

Estados Unidos

Este é o principal pleito de 2024 e deverá colocar frente a frente, novamente, o atual presidente, o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. Só não é possível cravar a revanche da disputa que elegeu Biden em 2020, porque Trump enfrenta quatro processos criminais que podem tirá-lo da disputa. O julgamento de um deles será em março em Washington e o ex-presidente irá responder pelo crime de conspirar contra os EUA por questionar o resultado das últimas eleições. Dois estados, Maine e Colocado, já proibiram que o nome de Trump conste nas cédulas eleitorais. A defesa do empresário recorreu e a decisão final será da Suprema Corte do país. A eleição está marcada para novembro.

Rússia

O nome eleito pelos russos em março tende a ser mais previsível. Vladimir Putin enfrenta apenas uma oposição simbólica na corrida pelo quinto mandato. Os principais rivais do atual presidente estão presos, exilados ou foram desqualificados.

Índia

Outra carta marcada está na Índia. Narendra Modi deverá tomar posse como primeiro-ministro pela terceira vez consecutiva. Pertencente ao partido nacionalista hindu de direita Bharatiya Janata, Modi é visto pelos apoiadores como alguém que livrou o país da corrupção e o transformou em uma potência global. Já opositores criticam os ataques à imprensa e à liberdade de opinião, além de ataques a grupos minoritários.

Reino Unido

No Reino Unido teremos disputa. O Partido Trabalhista tenta recuperar o poder das mãos dos conversadores depois de 14 anos. As sondagens de opinião sinalizam que isso pode acontecer após anos turbulentos com a saída da Grã-Bretanha da União Europeia em 2016.

Parlamento Europeu

Não é eleição executiva, mas é bom ficar de olho. O Parlamento Europeu será renovado com candidatos dos 27 países que constituem a União Europeia. Mujtaba Rahman, da consultoria política Eurasia Group, não acredita em uma maioria populista na casa legislativa, mas “o centro perderá terreno em comparação com a última votação”, em 2019.

Taiwan

A primeira vista é uma eleição que não causaria grandes comoções mundo afora, mas a depender dos resultados, pode mexer com a geopolítica mundial. A disputa já se define no próximo sábado (13). O líder nas pesquisas William Lai prometeu fortalecer a defesa da ilha. Uma possível vitória dele aumenta as tensões com a China que não descarta o uso de força militar para anexar o território. Já os EUA acompanham porque fornecem armas para o país.

México

O México pode ter a primeira mulher como presidente eleita em junho. Lideram a disputa a ex-prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum e a senadora da oposição Xóchitl Gálvez.

El Salvador

A Suprema Corte de El Salvador resolveu permitir que Nayib Bukele, o atual presidente, tente a reeleição, apesar da Constituição proibir dois mandatos consecutivos no país. Bukele controla o Supremo e se vale de um amplo apoio popular, após utilizar uma repressão violenta contra gangues de rua.

Indonésia

Maior democracia do sudeste asiático, a Indonésia escolherá um sucessor para o presidente Joko Widodo em 14 de fevereiro. As pesquisas mostram uma disputa acirrada entre o atual ministro da defesa, o nacionalista de direita, Prabowo Subianto e o ex-governador de Java Central, Ganjar Pranowo.

Paquistão

No Paquistão o primeiro-ministro Nawaz Sharif foi liberado para concorrer depois que teve condenações por corrupção anuladas. Já o ex-primeiro-ministro Imran Khan foi preso e impedido de concorrer. A votação, marcada para oito de fevereiro, ainda pode ser adiada, devido ao aumento da tensão com o vizinho Afeganistão.

Bangladesh

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, conquistou o quarto mandato consecutivo na última segunda-feira (08). Ela é considerada a líder feminina mais antiga do mundo.

África do Sul

As eleições legislativas da África do Sul podem representar um desafio para o presidente Cyril Ramaphosa. O partido dele vem perdendo força no parlamento e, se o apoio cair a menos de 50%, terá que formar uma coligação para garantir um novo mandato para ele.

Sudão do Sul

País mais novo do mundo, o Sudão do Sul planeja realizar as primeiras eleições em dezembro. Apesar de representar um marco, o pleito está cercado de perigos e vulnerabilidades.

Fonte: SBT News

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