Leslie Van Houten, seguidora de Charles Manson nos anos 1960, foi libertada de um presídio na Califórnia, nos Estados Unidos, após cumprir 53 anos de prisão perpétua. Leslie, hoje com 73 anos, ficará em liberdade condicional por um prazo máximo de três anos, com uma revisão da situação após um ano.
A decisão foi da Suprema Corte da Califórnia, que afirmou que Leslie vinha apresentado “esforços de reabilitação, perspicácia e arrependimento” nos últimos anos, sinais que dariam direito à liberdade condicional. Como o governo do estado decidiu não contestar a decisão, assim como fez nas últimas cinco vezes, Leslie foi solta.
“Não há provas, não há nada em seu registro atual que mostre que ela é perigosa. Ela é uma mulher idosa e é realmente muito doce”, disse a advogada de Leslie, Nancy Tetreault, ressaltando que ela vem trabalhando na reabilitação e está em terapia há décadas.
Leslie foi condenada à prisão perpétua em 1971, juntamente de outros integrantes da seita de Manson, pelos assassinatos de Leno e Rosemary LaBianca em Los Angeles, em 1969. Na época, ela confessou ter esfaqueado Rosemary ao menos 15 vezes, inclusive quando a vítima já estava morta. Durante o julgamento, Leslie não demonstrou arrependimento.
Além do casal, o crime resultou no assassinato de outras cinco pessoas, incluindo a atriz Sharon Tate. Leslie era a mais jovem de todos os envolvidos nos crimes – 19 anos -, e a última a ingressar na seita de Manson, que se dizia a reencarnação de Jesus Cristo e esperava iniciar uma guerra racial no estado.
Todos os integrantes do grupo foram condenados pelo crime, incluindo Manson, que, em 1972, teve a sentença de pena de morte alterada para prisão perpétua. Ele morreu na prisão em 2017.
Fonte: SBT News
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