Dois tribunais alemães começam a julgar nesta segunda-feira (03) ações contra as fabricantes de vacina contra covid-19 Biontech e Astrazeneca.
O Tribunal Regional de Rottweil, no estado de Baden-Württemberg, no sul da Alemanha, analisa a ação movida por um homem de 58 anos por um dano à saúde que ele atribui ao imunizante produzido pela empresa alemã Biontech em parceria com a americana Pfizer.
O homem alega que, em consequência da vacina, sofreu uma grave deterioração da visão no olho direito e exige uma indenização de 150 mil euros pelo sofrimento causado. Além disso, o tribunal deve decidir sobre eventuais danos materiais a serem pagos pela Biontech.
A empresa afirmou que, após análise cuidadosa da queixa apresentada, considera a acusação infundada. Uma decisão sobre o caso não é esperada para esta segunda-feira.
Paralelamente, terá início uma audiência no Tribunal Regional Superior de Bamberg, na Baviera, também no sul do país, no âmbito de um processo contra a Astrazeneca.
Após graves queixas de saúde que atribuiu à vacina anticovid da fabricante britânico-sueca, uma mulher exige que a empresa a compense pelos danos. Há seis meses, o mesmo tribunal indeferiu a ação. A mulher recorreu da decisão, levando à nova audiência desta segunda.
Mais de 200 pedidos de indenização
Os dois processos civis estão entre os primeiros movidos contra fabricantes de vacina anticovid na Alemanha.
No total, há 209 pedidos de indenização contra produtores de imunizantes contra a covid-19 pendentes em tribunais do país, segundo noticiou o jornal Welt am Sonntag no último fim de semana, citando o Ministério da Saúde.
Como parte dos seus acordos de fornecimento com a União Europeia (EU), fabricantes de vacinas geralmente não são responsáveis por eventuais efeitos colaterais inesperados causados por seus imunizantes. Os respectivos Estados-membros do bloco deveriam arcar com indenizações, bem como com os custos legais para a empresa.
De acordo com um relatório do Tribunal de Contas Europeu, isso não se aplica se os danos tiverem sido causados, por exemplo, por negligência grave ou incumprimento das práticas de produção em vigor na UE.
Fonte: DW Brasil
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