O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, bloqueou, na madrugada desta 6ª feira (15.dez), um pacote de ajuda de 50 bilhões de euros – cerca de R$ 257 bilhões – da União Europeia (UE) à Ucrânia. Em publicação nas redes sociais, o premiê não explicou o motivo da decisão, afirmando apenas que o assunto voltaria a ser debatido em 2024.
O bloqueio da ajuda extra à Ucrânia foi anunciado poucas horas após o Conselho Europeu abrir as negociações de adesão de Kiev à UE. Orbán diz ser contra o debate, alegando que a Ucrânia cumpriu apenas três das sete condições para ingressar no bloco. No entanto, como não estava presente na reunião, a posição do líder húngaro não foi considerada.
O desejo da Ucrânia de entrar na UE se intensificou com a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. Desde a data, o bloco europeu vem demonstrando apoio à soberania de Kiev, auxiliando nas manobras de defesa com o envio de pacotes militares, além de ajuda humanitária. Em outubro, o presidente Volodymyr Zelensky se reuniu com diplomatas europeus em Kiev para debater o tema.
Segundo o presidente do conselho, Charles Michel, 26 países-membros concordaram em ajudar a Ucrânia por mais quatro anos, sendo a Hungria o único a discordar do compromisso. “Isso quer dizer que há um forte apoio expresso para o apoio à Ucrânia. Regressaremos a este assunto no início de 2024 na esperança de chegar à unanimidade. Já sabíamos que esta discussão orçamental seria difícil”, disse.
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