Os franceses continuam indo às ruas protestar contra a aprovação da reforma da previdência. Na noite desta quinta feira (23), as manifestações reuniram cerca de 3,5 milhões de pessoas, intensificando-se em algumas partes do país. Na cidade de Bordeaux, por exemplo, protestantes atearam fogo na porta da Câmara Municipal.
Pelas redes sociais, o prefeito da cidade, Pierre Hurmic, informou que, devido à rápida ação dos bombeiros, o incêndio não se alastrou pela estrutura do local. Após a contenção do fogo, as equipes realizaram uma avaliação no prédio e, a pedido de Hurmic, a Câmara será reaberta no horário habitual para “garantir a continuidade do serviço público”.
“Estou chocado e triste com tal ato de vandalismo. Condeno com a maior firmeza esta violência que não tem outro significado senão o de atacar a casa comum do povo de Bordeaux. Muitos testemunhos de indignação e apoio chegaram à Câmara Municipal”, escreveu o prefeito, agradecendo a ação dos bombeiros.
Outras ações violentas também foram registradas no país. Em Paris, um grupo de jovens interrompeu uma passeata pacífica e destruiu pontos de ônibus, vitrines e quiosques de jornais. Os piores confrontos ocorreram na Place de l’Opéra e, mais tarde, na Place de la Bastille, onde a polícia tentou dispersar o grupo com gás lacrimogêneo.
Os protestos, realizados desde janeiro, foram intensificados após a fala do presidente Emmanuel Macron, que, mesmo com a forte rejeição do público, defendeu a reforma da previdência. “Essa reforma não é um luxo, não é uma diversão, é uma necessidade do país”, disse o político, que aprovou a medida sem o aval do Parlamento.
Fonte: SBT News
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