A Assembleia Nacional da França vota, nesta quinta-feira (16), a proposta de reforma da previdência. A medida, que vem provocando semanas de manifestações e greves pelo país, prevê aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, bem como os anos de contribuição necessários, que passarão de 42 para 43 até 2027.
Pelas redes sociais, a primeira-ministra Elisabeth Borne informou que os 14 deputados e senadores que compõem a comissão mista, responsável pelo projeto, chegaram a um acordo. Isso porque, assim como a população, parte dos parlamentares protestam contra a reforma, o que já resultou, no mês passado, em discussões violentas.
Mesmo com o acordo, acredita-se que a votação será apertada. Contudo, diante do medo da derrota, há suspeitas de que Borne recorra ao artigo 49.3 da Constituição francesa, no qual permite aprovação de projetos de lei sem votação. Apesar de já ter sido acionada cerca de 10 vezes pela premiê, a medida é considerada “pouco democrática”.
Além disso, com a repercussão da proposta pelas ruas, há temores de que os protestos sejam intensificados e que as paralisações sejam prolongadas caso a reforma seja aprovada. Em Paris, por exemplo, a greve de trabalhadores do sistema de saneamento está deixando as calçadas com toneladas de sacos de lixo e caixas de papelão.
Fonte: SBT News
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