“Estamos à beira do abismo no Oriente Médio”, alertou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, em comunicado no domingo (15.out), dia em que terminou o prazo estipulado por Israel para que palestinos evacuassem a região norte da Faixa de Gaza em direção ao sul do enclave.
Segundo a ONU, em uma semana, mais de um milhão de pessoas — quase metade da população total de Gaza — foram deslocadas. O ‘cerco total’ imposto por Israel à Gaza após o ataque terrorista do Hamas no país, em 7 de outubro, impedem a entrada de comida, água e insumos médicos, enquanto o número de mortos e feridos não para de subir. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde palestino, divulgado na manhã desta 2ª feira (16.out), 2.778 foram mortos e 9.938 feridos.
Ainda segundo o governo palestino, há 1.200 pessoas desaparecidas sob os escombros de prédios bombardeados ao longo da Faixa de Gaza. Sendo 500 delas crianças. Do lado de Israel, o número de mortos ultrapassa 1,4 mil, e 3,400 feridos. No seu décimo dia, esse já é conflito mais mortal em Gaza, superando o de 2014, que durou 50 dias, e matou 2.251 palestinos. Além disso, esse conflito também já é o mais mortal para Israel desde o confronto de 1973 com o Egito e a Síria.
Diante da escalada de violência e crise humanitária, Guterres afirma ser seu dever como secretário-geral da ONU, fazer dois apelos humanitários:
“Para o Hamas, os reféns devem ser libertos imediatamente e sem condições. A Israel, deve ser concedido acesso rápido e desimpedido à ajuda humanitária para fornecimentos humanitários e trabalhadores, para o bem dos civis em Gaza”, apelou.
“Cada um destes dois objetivos é válido por si só. Eles não devem se tornar moeda de troca e devem ser implementados porque é o certo a se fazer”, completou.
Fonte: SBT News
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