Dois anos após ataque ao Capitólio, FBI ainda procura por 350 suspeitos

Essa semana marca dois anos do ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, que, em uma tentativa frustrada, procurou anular o resultado das eleições presidenciais de 2020. Segundo a Polícia Federal do país (FBI), além dos mais de 950 detidos nos últimos 24 meses, 350 suspeitos seguem procurados, incluindo 200 que atacaram policiais.

Até o momento, um terço dos detidos já foi julgado, sendo que 192 receberam penas de prisão. Entre eles está Jacob Chansley, que participou da invasão usando um chapéu com chifres e pintura facial, tornando-se “face pública do motim”. Após se declarar culpado por obstrução de um processo oficial, Chansley pegou três anos e cinco meses de prisão.

A imagem de Chansley segurando um mastro foi uma das mais marcantes a emergir do tumulto | Reprodução/Flickr

Em meio às buscas pelos procurados, o FBI aumentou de US$ 100 mil para US$ 500 mil a recompensa por qualquer informação que permita a localização do suspeito que instalou bombas caseiras em um bairro perto da sede do Comitê Nacional Republicano e do Comitê Nacional Democrata no dia 5 de janeiro, 24 horas antes do ataque.

“Embora essas bombas não tenham detonado, é importante lembrar que o suspeito caminhou por áreas residenciais e comerciais a poucos quarteirões do Capitólio, com bombas que poderiam ter ferido gravemente ou matado espectadores inocentes. O suspeito pode ainda representar um perigo para o público ou para si próprio”, disse o FBI.

A invasão também resultou na criação de um comitê investigativo no Congresso. Após apurações e depoimentos, uma recomendação foi enviada a promotores federais para acusar o ex-presidente Donald Trump pelo ataque. Segundo os parlamentares, ele é suspeito de incentivar e conspirar para fraudar o governo e tentar obstruir a Justiça.

Relembre o caso

O ataque ao Capitólio ocorreu no dia 6 de janeiro de 2021, ano em que o presidente Joe Biden assumiu o governo após derrotar Donald Trump nas urnas. Na data, apoiadores do ex-mandatário marcharam para o prédio alegando, sem provas, fraude nas eleições. Eles conseguiram superar a segurança, invadindo o local e destruindo objetos e ameaçando trabalhadores.

Diversas testemunhas afirmam que Trump instigou os apoiadores a atacar o Capitólio. Muitos dos participantes que reconheceram que infringiram a lei também dizem que foram enganados pelo ex-presidente. Outros alegam, no entanto, que apenas estavam utilizando o direito à liberdade de expressão. O ato resultou na morte de cinco pessoas e deixou mais de 140 policiais feridos. 

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