Uma doença respiratória misteriosa que atinge cães está se espalhando pelos Estados Unidos, acendendo o alerta de autoridades de saúde. De acordo com a Associação Médica Veterinária Americana (AVMA, da sigla em inglês), o primeiro relato da “doença canina atípica” surgiu no estado de Oregon, e, desde então, já são mais de 200 registros.
Florida, Califórnia, Washington e outros 8 estados também detectaram casos semelhantes.
Os sintomas são parecidos aos da zoonose ‘tosse dos canis’, doença respiratória que costuma atingir cães no inverno, e dura de uma a três semanas. Os cães infectados pela nova doença desenvolvem tosse, febre, letargia e perda intermitente de apetite. Os animais apresentam sintomas por seis semanas ou mais, com alguns casos se agravando para pneumonia e progredindo rapidamente, de 24 a 36 horas, para desfechos mais graves.
O Departamento de Agricultura dos EUA e outras agências veterinárias correm para descobrir o agente causador desses casos. Ainda não está claro se a doença é causada por vírus ou bactérias, ou uma combinação de ambos os tipos de infecção.
“Com base na epidemiologia dos casos relatados neste momento, os casos parecem partilhar de um mesmo vírus causador, mas os testes de diagnóstico respiratório comuns foram largamente negativos. Alguns casos apresentam resultados positivos para M. cynos (uma bactéria), mas não se acredita que esse agente seja o causador subjacente.”, disse Andrea Cantu-Schomus, diretora do Departamento de Agricultura de Oregon, em nota à AVMA.
Por enquanto, o que se sabe é que cães com a doença responderam minimamente ou não responderam aos antibióticos, e que se trata de uma doença contagiosa.
Dicas de prevenção
“Sugerimos cautela em vez de preocupação. Surtos periódicos do Complexo de Doenças Respiratórias Infecciosas Caninas (CIRDC) podem ocorrer em uma população canina”, diz em nota, a Associação Médica Veterinária de Oregon
É unânime entre especialistas e instituições que estão pesquisando a doença atípica que não há motivo para pânico. Segundo eles, a melhor forma de proteger os cães é mantendo as vacinas atualizadas, monitorar a saúde do animal e consultar um veterinário imediatamente em caso de sintomas; mas, principalmente, evitar contato com outros cães desconhecidos.
“Seria prudente evitar parques para cães e outros eventos sociais onde seu cão possa ter contato com cães com vacinação ou estado de saúde desconhecido. Se for necessário embarque, creche ou cuidados pessoais, complete as vacinas antes de comparecer”, aconselhou o departamento de veterinária da Universidade Estadual do Colorado, onde também houve registro da doença.
Fonte: SBT News