Dia Internacional dos migrantes: ONU defende solidariedade e respeito

Em mensagem divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Dia Internacional dos Migrantes, o secretário- geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres defendeu a necessidade urgente de uma gestão segura das migrações, com base na solidariedade e no respeito pelos direitos humanos.

A data foi instituída pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2000. Na mensagem, Gutérres lembrou a adoção, há cinco anos, pela comunidade internacional, do Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, mas lamentou que muitas das medidas consagradas no acordo continuem a ser a exceção e não a regra.

“Hoje e todos os dias, temos de trabalhar para u gestão mais humana e ordenada da migração em benefício de todos, incluindo as comunidades de origem, de trânsito e de destino”, afirmou.

A diretora-geral adjunta de Operações da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Ugochi Daniels, afirmou, na semana passada, que Dia Internacional dos Migrantes é uma oportunidade para a imprensa, juntamente com a comunidade internacional, trabalhar em conjunto para evitar perpetuar estereótipos sobre os migrantes e reforçar preconceitos negativos ou conceitos errados”.

Abordando os principais desafios que os migrante enfrentam, a representante da OIM lembrou a crise climática, que poderá expor até 3 bilhões de pessoas a ondas de calor extremas até 2090, num cenário de aquecimento global elevado.

A ONU estima que haja atualmente, em escala mundial, 114 milhões de pessoas deslocadas, incluindo 36 milhões de refugiados.

Mortes

Mais de 3,3 mil migrantes morreram em naufrágios durante todo o ano de 2023, numa das rotas irregulares mais perigosas do mundo.

O problema é antigo e são necessárias medidas mais eficazes para combater a indiferença e uma quase normalização do fenômeno, disse o representante de Portugal na Organização Internacional para as Migrações.

Só nesse domingo (17) mais de 60 migrantes morreram em um naufrágio ao largo da Líbia.

O representante de Portugal na OIM acrescentou que não está sendo feito o suficiente para impedir essas mortes.

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