Autoridades da Cruz Vermelha ainda não foram autorizadas a visitar reféns que o Hamas mantém em Gaza, disseram várias fontes à CNN – o que configura a violação de um acordo firmado entre Israel e o Hamas, que estipulava que a Cruz Vermelha poderia visitar os reféns até o final do quarto dia da trégua.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse no fim de semana que, como parte do acordo de trégua entre Israel-Hamas, os oficiais da Cruz Vermelha poderão visitar reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza “até o final do quarto dia.”
Outra fonte familiarizada com os termos do acordo afirmou que este era um aspecto do acordo.
Os EUA têm pedido aos mediadores do Catar que pressionem o Hamas sobre o acesso da Cruz Vermelha aos reféns restantes. Além de fornecer provas de vida como parte do esforço dos EUA para estender a pausa e a libertação de reféns o maior tempo possível, disse uma pessoa familiarizada com as discussões.
Mas, o atraso na visita de oficiais da Cruz Vermelha a reféns em Gaza, não deve atrapalhar o acordo de trégua por enquanto, disse uma das fontes à CNN.
Em um comunicado à CNN, o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jason Straziuso, ressaltou que o grupo não estava envolvido nas negociações e que só pode “implementar medidas que ambos os lados concordem.”
“Temos insistido desde o primeiro dia em conversas diretas com o Hamas que eles libertem os reféns, exceto que nos seja permitido visitar as vítimas e que essas pessoas possam se comunicar com suas famílias”, disse Straziuso.
“Estamos prontos para visitar os reféns mantidos pelo Hamas para verificar seu bem-estar e entregar medicamentos, mas só podemos fazer isso se tivermos permissão. Não sabemos onde os reféns estão detidos, ir de forma inesperada poderia colocar em perigo qualquer um que estivesse detido”, acrescentou.
Fonte: CNN Brasil
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