Os consumidores alemães vêm comprando cada vez menos vinho fabricano no país, devido ao aumento do custo de vida, informou nesta segunda-feira (13/03) o Instituto Alemão do Vinho (DWI).
Em 2022, a média do consumo por residência caiu 10% em relação ao ano anterior. Isso gerou uma queda de 6,5% nas vendas, segundo a empresa de pesquisas de consumo Nielsen IQ. Os dados não incluem o consumo da bebida em restaurantes e eventos.
O preço médio dos vinhos alemães no varejo aumentou para 4,18 euros por litro (R$ 23,50) em 2022, um acréscimo de 6,6% (0,26 euro) em relação a 2021. A indústria atribui o encarecimento ao maior custo com vidros, embalagens e pessoal, entre outros fatores.
Vinhos importados em alta
Para o DWI, os vinhos importados de baixo custo acabaram se beneficiando da vulnerabilidade no bolso dos consumidores alemães. “Devido à perda de poder aquisitivo pelo aumento do custo de vida, as compras por residência se concentraram nos produtos absolutamente essenciais”, explica a diretora do instituto, Monika Reule.
A média dos preços dos importados no mercado alemão subiu menos em 2022 do que a do produto doméstico, apenas 0,07 euro por litro (2%), ficando em 3,64 euros.
A relutância dos consumidores alemães em relação aos vinhos produzidos no próprio país resultou em uma queda de 14% na quantidade disponível no mercado e de 8% nas vendas. Já no caso dos vinhos estrangeiros, a queda foi de 7% na quantidade e de 5% na comercialização.
As vendas do vinho orgânico não registraram queda no consumo em 2022, mantendo sua fatia de 3% do mercado alemão em termos de volume e 4% nas vendas, em comparação com o ano anterior.
Vinho branco à frente dos demais
Em termos gerais, a fatia de mercado do vinho alemão é de 44%. Entre os importados, o vinho italiano se mantém à frente com 16% – 1% menos do que o registrado no ano anterior. Em seguida aparecem os vinhos produzidos na Espanha, com 14% (alta de 2%), e na França (11%).
O vinho branco se mantém o favorito dos consumidores alemães, com estáveis 47% da preferência. A fatia de mercado do vinho tinto caiu de 41% para 40%, e a do rosê aumentou de 12% para 13%.
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