
Nesta última quarta-feira (29), a Organização Mundial de Saúde (OMS) se manifestou e fez apelo sobre os cortes anunciados pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à verba destinada a programas de combate ao HIV, temendo que tal decisão cause consequências devastadoras para a saúde pública, representando uma “ameaça global”.
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“Esses programas promovem acesso a tratamentos que salvam vidas para mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. A suspensão do financiamento pode colocar pessoas que vivem com HIV em risco aumentado de doença e morte e minar esforços para prevenir a transmissão em algumas comunidades e países”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em seu perfil na rede social X.
A medida também pode levar o mundo de volta a cenários análogos aos da décadas de 1980 e 1990, quando milhões de pessoas morriam devido ao HIV. Dados da entidade indicam que quase 40 milhões de pessoas viviam com a condição no fim de 2023.
“Apelamos ao governo norte-americano para que permita isenções adicionais de forma a garantir a prestação de tratamento e de cuidados contra o HIV que salvam vidas”, concluiu o diretor-geral da OMS.”
No Brasil
O Brasil tem sido historicamente um exemplo relevante no combate ao HIV/AIDS, com iniciativas de cooperação internacional, especialmente por meio da Fiocruz e do Ministério da Saúde, distribuindo medicamentos antirretrovirais gratuitamente nos CTA’s (Centros de Testagem e Aconselhamento) e em postos de saúde.
No entanto, com cortes nos financiamentos internacionais, como os promovidos pelo governo dos EUA, países que dependem de doações externas, principalmente os emergentes, podem enfrentar desafios na manutenção de seus programas de combate a essas condições.
O Brasil pode ser afetado de forma indireta caso haja um aumento da transmissão global ou dificuldades na aquisição de insumos devido à redução na produção e distribuição internacional de medicamentos destinados a esse tipo de tratamento.
Tags: Governo americano, hiv, OMS, Trump