O consumo de tabaco diminuiu em todo mundo, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2022, um em cada cinco adultos em todo mundo fumava ou consumia derivados do tabaco, em comparação com um em cada três em 2000.
As estimativas fazem parte do último relatório global da OMS sobre tendências na prevalência do consumo de tabaco, divulgado nesta terça-feira (16).
O documento mostra que, embora os números tenham diminuído constantemente ao longo dos anos, há 1,25 bilhão de adultos usuários de tabaco. Isso significa que o mundo chegará a uma redução relativa de 25% no consumo de tabaco até 2025, aquém da meta global voluntária de 30% de redução proposto em 2010.
Segundo os dados, 150 países estão reduzindo com sucesso o consumo de tabaco, mas apenas 56 países atingirão a meta de 30% até 2025, quatro países a menos em comparação ao relatório de 2021.
O Sudeste Asiático e Europa são as regiões que tem a maior porcentagem de população que faz uso do tabaco, com 26,5% e 25,3%, respectivamente. O relatório mostra que, até 2030, a Europa deverá ter as taxas mais altas do mundo, com uma prevalência de pouco mais de 23%.
Ainda segundo a OMS, a prevalência do consumo de tabaco mudou pouco desde 2010 em alguns países, enquanto seis países registraram um aumento no consumo: Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia.
A substância, de acordo com a agência, é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano.
Diante disso, a OMS voltou a pedir que os países acelerem os esforços para o controle do tabaco e alertou que ainda há muito trabalho a ser feito.
“Houve um bom progresso no controle do tabaco nos últimos anos, mas não há tempo para complacência. Estou surpreso com o quão longe a indústria do tabaco vai para buscar lucros às custas de inúmeras vidas. Vemos que, quando um governo pensa que venceu a luta contra o tabaco, a indústria do tabaco aproveita a oportunidade para manipular as políticas de saúde e vender seus produtos mortais”, disse Ruediger Krech, diretor do Departamento de Promoção da Saúde da OMS.
Fonte: SBT News