O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu no sábado (28) uma rápida conclusão das negociações sobre um acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, durante a primeira parada em Buenos Aires de sua viagem inaugural à região.
Em busca de reduzir a dependência econômica da Alemanha em relação à China, diversificar seu comércio e fortalecer as relações com as democracias em todo o mundo, Scholz está visitando Argentina, Chile e Brasil.
Berlim quer diminuir sua dependência sobre a China na obtenção de minerais essenciais para a transição energética, tornando a América Latina, rica em recursos, um parceiro importante. O potencial da região para produção de energia renovável é outro atrativo.
“Há um grande potencial para aprofundarmos ainda mais nossas relações comerciais, e as possibilidades que podem vir do acordo UE-Mercosul são claramente significativas”, disse Scholz em entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente argentino, Alberto Fernández.
Fernández culpa o protecionismo europeu por atrasar o acordo, firmado inicialmente em 2019, mas não ratificado pelos parlamentos nacionais. Embaixadores da UE têm dito que o Brasil precisa tomar medidas concretas para impedir a crescente destruição da floresta amazônica acelerada intensamente durante o governo de Jair Bolsonaro.
Berlim espera que essa preocupação possa ser deixada de lado com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem prometido recuperar a política ambiental do país. Scholz encontrará Lula na segunda-feira (30) ao final de sua viagem de três dias.
Cerca de uma dúzia de executivos de empresas – incluindo os líderes da Aurubis, maior produtora de cobre da Europa, e da empresa de energia Wintershall Dea – acompanham o chanceler.
Fernández disse que ele e Scholz discutiram a possibilidade de atrair investimentos alemães para a vasta reserva de gás de xisto, depósitos de lítio e produção de hidrogênio verde do país.
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