Pelo menos 300 pessoas que viajavam em três barcos de migrantes do Senegal rumo às Ilhas Canárias, na Espanha, desapareceram, informou neste domingo (09/07) o grupo de ajuda humanitária Walking Borders.
Segundo a agência de notícias Reuters, as três embarcações partiram de Kafountine, no sul do país, em direção a Tenerife, uma das Ilhas Canárias, situada a aproximadamente 1.700 quilômetros de distância.
Dois barcos, um com cerca de 65 pessoas e outro com de 50 a 60 a bordo, já estão desaparecidos há 15 dias desde que deixaram o Senegal para tentar chegar à Espanha, disse Helena Maleno, da Walking Borders.
Um terceiro barco também teria partido do Senegal no dia 27 de junho, com cerca de 200 pessoas a bordo, e também está desaparecido.
Rota atlântica, uma das mais mortais do mundo
Segundo Maleno, desde então não há notícias dos migrantes. “As famílias estão muito preocupadas. Trata-se de cerca de 300 pessoas da mesma área do Senegal, que partiram por causa da instabilidade no país”, relatou Maleno.
As Ilhas Canárias, na costa da África Ocidental, tornaram-se o principal destino dos migrantes que buscam chegar à Espanha, enquanto um número menor se arrisca através do Mar Mediterrâneo. O verão europeu, que se estende de junho a setembro, é o período mais movimentado em qualquer uma das travessias.
A rota de migração atlântica, uma das mais mortais do mundo, é normalmente usada por migrantes da África subsaariana. Pelo menos 559 pessoas — incluindo 22 crianças — morreram em 2022 em tentativas de chegar às Ilhas Canárias, segundo dados da Organização Internacional para Migração da ONU.
Fonte: DW Brasil
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