A silenciosa pandemia global das superbactérias pode estar perto do fim. Ou, ao menos, do controle. Uma nova classe de antibiótico se mostrou capaz de impedir o alastramento da infecção causada pela A. baumannii, que possui moléculas de lipopolissacarídeos resistentes aos medicamentos existentes até então.
Pesquisadores de Harvard analisaram 44.985 moléculas até encontrar a zosurabalpina. Aplicada em camundongos em um intervalo de quatro horas durante um dia inteiro, apresentou resultados de 4 a 64 vezes mais eficácia do que os compostos utilizados atualmente pela medicina. Em seguida, “para avaliar o potencial da zosurabalpina para o tratamento de infecções invasivas graves, a atividade in vitro foi avaliada em 129 isolados clínicos humanos”, informa o estudo publicado nesta quarta-feira (03.jan) na mais renomada revista científica do mundo, a Nature.
O novo antibiótico foi desenvolvido em parceria com a farmacêutica suíça Roche e já tem reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que pode agilizar sua permissão para uso. Há 50 anos não surgia uma novidade em tratamento. De acordo com a OMS, mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos no mundo por causa das superbactérias. Em 2023, a mortalidade chegou a 60% dos casos da doença.
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