Um estudo recente conduzido em Hong Kong entre os anos de 2018 e 2022 traz descobertas sobre a prevenção da gravidez em mulheres que utilizam a pílula do dia seguinte. Publicado na revista científica The Lancet, o estudo destaca os resultados positivos da combinação entre um analgésico e a pílula do dia seguinte.

A pesquisa, que envolveu uma amostra aleatória de 860 mulheres atendidas em um centro médico, concentrou-se na eficácia da pílula do dia seguinte em associação com o analgésico “piroxicam”, utilizado para o tratamento de dores de artrite e inflamações.

O estudo apresentou bons resultados. No grupo de 418 mulheres que receberam “levonorgestrel”, um dos contraceptivos de emergência mais populares, em combinação com “piroxicam”, somente uma mulher engravidou. Essa combinação alcançou uma impressionante eficácia de 99,8% na prevenção da gravidez.

Já no grupo parecido que tomou um placebo como analgésico, sete mulheres engravidaram. Isso mostra como a combinação de “levonorgestrel” com piroxicam foi significante, com uma eficácia de 98,3% na prevenção da gravidez.

Estudo mostra a eficácia de tomar a pílula do dia seguinte junto com um analgésico | Renato Araújo/Agência Brasília

Sue Lo, uma das autoras do estudo, expressou sua empolgação com os resultados obtidos, caracterizando-os como um avanço pioneiro na área. No entanto, ela destaca que são necessárias investigações mais profundas para compreender completamente o potencial dessa nova abordagem.

O coordenador do estudo, Raymond Li, enfatizou que a pesquisa visava não apenas demonstrar a eficácia aprimorada do “levonorgestrel”, mas também abrir caminho para soluções mais acessíveis e imediatamente disponíveis.

Apesar dos resultados promissores, é essencial proceder com cautela. Autora do estuda salienta que mais pesquisas são fundamentais antes que se possa considerar a combinação do analgésico “piroxicam” com a pílula do dia seguinte como uma opção recomendada. A decisão de usar qualquer forma de contraceptivo de emergência deve ser tomada em consulta com profissionais de saúde qualificados, e a supervisão especializada é crucial ao considerar associações de medicamentos.

Fonte: SBT News

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