Esquema era liderado pelo prefeito afastado Paulo Curió que foi preso junto com a esposa, Eva Curió, além de ex-gestores, vereadores e empresários.
-dezembro 26, 2025
Esquema era liderado pelo prefeito afastado Paulo Curió que foi preso junto com a esposa, Eva Curió, além de ex-gestores, vereadores e empresários.
O Ministério Público do Maranhão confirmou que chegou a 19 o número de pessoas presas por envolvimento em um amplo esquema de corrupção no município de Turilândia. As investigações apontam que a organização criminosa era estruturada, tinha divisão de funções e causou prejuízo milionário aos cofres públicos.
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Segundo a Promotoria, o esquema era liderado pelo prefeito afastado Paulo Curió (União Brasil) que foi preso junto com a esposa, Eva Curió, além de ex-gestores, vereadores e empresários. Ao todo, dez vereadores do município foram alvo da operação. Cinco deles, que estavam foragidos, se apresentaram na unidade prisional de Pinheiro.
Após audiência de custódia, a Justiça converteu em prisão domiciliar a detenção de cinco vereadores de Turilândia. A decisão foi tomada após os parlamentares se entregarem à polícia, nessa quinta-feira (25), na Unidade Prisional de Pinheiro, no Maranhão. Outros dois investigados com prisão preventiva decretada ainda não foram localizados.
O prefeito Paulo Curió, a primeira-dama da cidade, Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, o marido dela, Marlon de Jesus Arouche Serrão e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros, passaram por audiência de custódia, e a Justiça decidiu manter as prisões preventivas. Eles foram transferidos para o complexo penitenciário de São Luís.
As investigações revelam que o grupo utilizava empresas reais e de fachada para fraudar licitações, emitir notas fiscais por serviços não realizados e desviar recursos públicos. O dinheiro era posteriormente lavado e redistribuído entre os integrantes da organização. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 56 milhões.
Somente nas áreas da saúde, assistência social e custeio do SUS, o Ministério Público aponta desvio superior a R$ 43 milhões. Parte dos recursos era usada para despesas pessoais, incluindo pagamento de estudos, aquisição de veículos e outros gastos particulares.
A Promotoria também identificou que ao menos seis empresas participavam ativamente do esquema. Uma delas, um posto de combustíveis ligado a familiares de ex-gestores, teria recebido mais de R$ 17 milhões em três anos por abastecimentos que não ocorreram.
Ainda segundo a promotoria, o contador da prefeitura era o principal operador financeiro do esquema, controlando repasses e movimentações bancárias. As investigações também apontam o uso indevido de cartões corporativos por pessoas sem vínculo formal com a administração municipal.
Com o afastamento do prefeito e da vice-prefeita, Turilândia segue sem comando definitivo. A Promotoria acompanha as articulações institucionais para garantir a continuidade administrativa do município e reforça que as investigações seguem em andamento, com o objetivo de responsabilizar todos os envolvidos e recuperar os recursos desviados.
Tentamos contado com os suspeitos envolvidos no caso, mas até a publicação desta matéria não obtivemos respostas.