Morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos, o ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica. A informação foi confirmada pelo atual presidente do país, Yamandú Orsi, amigo próximo de Pepe. Mujica estava em cuidados paliativos devido a um câncer em fase terminal. Em janeiro deste ano, ele revelou publicamente que a doença havia se espalhado por todo o corpo e que não se submeteria a novos tratamentos. Na segunda-feira (12), sua esposa, a ex-vice-presidente Lucía Topolanski, confirmou que o político permanecia em cuidados paliativos para alívio da dor. “É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, líder e líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo”, declarou Orsi em nota oficial. Em setembro de 2024, Mujica havia passado por uma cirurgia de gastrostomia, com o objetivo de manter a alimentação por meio de uma cânula. No entanto, o avanço da doença tornou os tratamentos inviáveis. José Mujica presidiu o Uruguai entre 2010 e 2015 e se tornou uma das figuras mais admiradas da esquerda latino-americana. Seu governo foi marcado por uma agenda progressista, que incluiu a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criação do primeiro mercado nacional regulamentado de maconha no mundo. História Antes da presidência, Mujica foi membro do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros (MLN-T), grupo guerrilheiro que combateu a ditadura cívico-militar uruguaia (1973-1985). Como consequência de sua militância, passou 13 anos preso sob condições extremamente precárias, a maioria durante o regime militar. Conhecido por seu estilo de vida simples, seu discurso franco e sua defesa incansável da justiça social, Mujica deixa um legado de coerência política e compromisso com os ideais de igualdade.