O maranhense se tornou astronauta análogo e carrega em sua trajetória 40 medalhas conquistadas.
O maranhense se tornou astronauta análogo e carrega em sua trajetória 40 medalhas conquistadas.
O maranhense Valdemiro Brito Gomes, de 16 anos, adicionou em sua trajetória mais uma conquista ao se tornar astronauta análogo aos 15 anos, tendo destaque internacionalmente por seu talento e desempenho entrando para a elite de simulação espacial. Em entrevista ao Portal Difusora News, o adolescente contou a sua trajetória de estudante do interior a destaque internacional por suas conquistas científicas.
Morador do povoado Corisco, interior de São Bernardo do Maranhão, o adolescente carrega em seu pescoço 40 medalhas conquistadas em competições cientificas e o cargo de embaixador do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e Sócio Mirim da Associação dos Engenheiros do ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutico.
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“Tudo começou no ensino fundamental quando comecei a participar de Olímpiadas Científicas com incentivo do meu ex-professor Gerson Ricardo. Ele tinha um projeto preparatório, o Fogueteiro do Sertão, para os alunos participarem da competição, a Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, e a escola teve suas três primeiras medalhistas”, contou Valdemiro.
Entretanto, nessa primeira competição o estudante foi selecionado apenas para a semifinal da competição. Valdemiro pensou em desistir de se inscrever novamente no ano seguinte, mas com o incentivo externos durante uma palestra que incentivava os alunos a persistirem na educação e em seus sonhos, o adolescente se inscreveu novamente e garantiu sua primeira medalha em 2023.
A partir da primeira conquista, o maranhense só vem se destacando no cenário nacional tendo sido escolhido, em fevereiro deste ano, entre mais de 500 inscrições para um projeto em Brasília que ensinava aos participantes sobre astronomia, aulas técnicas de pilotagem de drones, simulações de direção de aeronave espacial e outros demais assunto.

“Em janeiro de 2025, a Wogel – Estação Espacial Análoga Móvel do Mundo – abriu as inscrições para a “Missão Antares” […] Eles proporcionavam bolsas sociais para estudantes de baixa renda. Nós enviávamos o e-mail falando o porquê merecíamos a bolsa e contando um pouco da nossa história”, relatou.
O termo “astronautas análogos” se refere a pessoas que participam de missões espaciais simuladas, seguindo diversos protocolos, e simulações que demonstram a rotina fora da Terra de forma experimental com trajes semelhantes usados por astronautas.
Durante a entrevista, Valdemiro contou que recusou diversos convites para ingressar em escolas particulares renomadas do Brasil para dar continuidade em seus estudos por conta da distância familiar. Desde o início de sua trajetória, o jovem contou ter sempre o apoio de sua prima, que na época era sua professora na escola.
“Pra ser a pessoa que eu sou hoje devo muito a minha prima Gabriela. Ela participou comigo da entrevista e de todo o processo comigo. Ela que foi pra Brasília comigo receber as medalhas por descobertas de asteroides [..]. Eu falo que eu tive algumas dificuldades na época da pandemia, mas se ela não tivesse me ajudado eu acho que meu déficit de aprendizado seria maior hoje”.
O adolescente foi criado por seus avós desde a perda precoce de sua mãe. Em 2023, no mesmo período em que vibrava sua primeira medalha na Olímpiada Científica, houve a perda de sua avó. Atualmente Valdemiro mora em São Bernado com seus tios e primos para concluir os estudos no ensino médio.
O estudante relatou que viu na educação e na oportunidade aproveitada uma chance de mudar de realidade, podendo proporcionar melhores condições para sua família.
Valdemiro pretende no futuro alcançar e exercer o cargo de juiz por conta de um gosto pessoal pela magistratura brasileira, mas sem pretensão em abandonar o ramo científico almejando se tornar um astrólogo do Brasil. Trazendo para um futuro mais próximo, o estudante pretende ir a Brasília receber sua premiação pela descoberta de um asteroide no espaço.
“Meu primeiro passo é ir para a Brasília novamente participar da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e receber a minha premiação do “Caça Asteroides”, programa com apoio da Nasa e do MCTI, por ter descoberto um asteroide”, relatou o estudante.
Para custear a viagem da ida até a Brasília, o adolescente está divulgando em suas redes sociais uma “vaquinha solidária” para que ele possa está recebendo pessoalmente sua premiação, juntamente com a equipe que colaborou com a descoberta do objeto celeste.
