Uma das vítimas que foi atacada com gás de pimenta por um aluno de Direito, dentro de uma faculdade particular de São Luís, relatou ao Difusora On, sobre os assédios e perseguições que vinha sofrendo. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (22).
As duas vítimas e o suspeito estudavam na mesma sala de aula. E uma das vítimas que preferiu não ser identificada, relatou que ambas estavam sendo perseguidas e assediadas desde de outubro. Entre as formas de assédio, o suspeito enviava caixas de bombons, convidá-las para sair e proferia comentários inoportunos.
“[Ele] ficava passando na rua dela, tentando intimidá-la. Comigo ele ficava mandando bombom, ficava mexendo no meu cabelo e ficava fazendo comentários inoportunos. Perguntava sobre meu namorado, dizendo assim: e se o teu namorado aparecesse morto do nada?“
A aluna relata ainda, que chegou a procurar a faculdade quando as importunações começaram para tentar resolver a situação de forma pacífica, no entanto, a faculdade não prestou os devidos amparos.
“A faculdade aplicou apenas uma advertência [ao aluno]. Eu senti que a instituição lavou as mãos quanto a esse caso. E infelizmente, houve essa situação à parte, que expôs para o resto dos alunos e pessoas o que estava acontecendo.” Disse a jovem.
O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia Especial da Mulher (DEM). No entanto, as vítimas temem que o suspeito seja solto ou que saia impune. Por meio de nota, a Instituição Pitágoras disse que está acompanhando o caso e prestando assistência às vítimas. Ressalta ainda que não compactua com nenhum tipo de violência.