
A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) ficará responsável pela elaboração de um diagnóstico completo sobre a situação atual das voçorocas em Buriticupu. As conclusões servirão de base para a contratação de empresas que possam intervir nas áreas afetadas.
O encaminhamento foi dado em reunião nesta quarta-feira (12) em Brasília entre o governador Carlos Brandão e Waldez Góes, ministro Integração e do Desenvolvimento Regional. Segundo Góes, já existem R$32 milhões em recursos federais disponíveis para obras na região.
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O município de Buriticupu vem sofrendo com a formação de enormes voçorocas, um fenômeno geológico caracterizado pela formação de buracos de erosão causados pela ação da água em solos desprotegidos pela falta de vegetação. A cidade do oeste do Maranhão tem abismos que medem até 70 metros de altura e avançam contra as casas.
Segundo Góes, a expertise da Uemasul pesou na decisão de destinar à instituição o dever de realizar os estudos na região. “A decisão que nós tomamos aqui é procurar a Universidade do Estado, que tem experiência em estudos hidrológicos e geológicos, necessários para estabelecer um bom diagnóstico e um termo de referência adequado para a contratação de uma empresa que possa apresentar um projeto eficiente de solução dos problemas das quatro voçorocas mais desafiadoras já existentes em Buriticupu”, afirmou o ministro.
João Carlos, prefeito de Buriticupu, também esteve na reunião. Ele ressaltou a importância do trabalho integrado entre as esferas federal, estadual e municipal no enfrentamento ao problema.
Sabemos que a solução não virá a curto prazo, mas sim a médio e longo prazo. No entanto, essa resposta e essa união entre os entes federativos são o que a população de Buriticupu tanto anseia.
Também participaram da reunião o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, além dos deputados Marreca Filho e Edna Silva, bem como Vanusa Ibiapino, presidente da Câmara de Vereadores de Buriticupu.
Medidas
A Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) têm adotado providências como o reconhecimento da situação de emergência, deflagrada no mês passado. Essa ação permitiu que o município solicitasse recursos federais para ações de assistência à população afetada, incluindo a compra de cestas básicas, água mineral e kits de limpeza.
Já o CBMMA mantém um posto avançado em Buriticupu e atua no resgate de vítimas de acidentes relacionados ao fenômeno. A recomendação dos bombeiros é que os moradores evitem ultrapassar as barreiras de isolamento estabelecidas nas áreas de risco. Além dos resgates, o CBMMA participa de ações preventivas, como a instalação de sinalizações de alerta e a orientação da população sobre os perigos das voçorocas.
Tags: Buriticupu, emergência, Geografia, Maranhão, uemasul, voçorocas