O atraso no pagamento de salários tem provocado revolta e insatisfação em servidores públicos da rede estadual de educação, em diversos municípios maranhenses. Nesta segunda-feira (15), uma copeira procurou o Difusora ON para fazer um desabafo e repercutir o descaso.
“Estou com a energia cortada, pois não tenho dinheiro para pagar”, diz a funcionária da empresa R&P LTDA, que presta serviço para a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) em São José de Ribamar.
Há três meses sem receber salários e outros benefícios, vários funcionários da empresa enviaram denúncias ao WhatsApp do Difusora ON alegando que a falta de pagamento de outubro, novembro e dezembro ainda não foram pagos.
Além disso, eles alegam atraso nos pagamentos do 13° e dos tickets de alimentação. “Estou vendendo bolo de pote, fazendo faxinas extras e ainda estou indo trabalhar sem receber. Já não aguentamos mais essa situação”, relata outra funcionária da empresa R&P LTDA prestadora de serviço em Itapecuru-Mirim, que também preferiu não se identificar.
Diante da situação, uma das funcionárias conta como a falta de pagamento vem lhe afetando. “Não sei mais nem o que eu pensar. Isso já está mexendo com o meu psicológico. Não estou dormindo bem e eu estou com um começo de ansiedade. Tudo isso provocado pelas contas que estão chegando, uma atrás da outra e eu não tenho de onde pagar”, diz a funcionária.
Sobre a situação dos atrasos dos servidores da Rede Estadual de Ensino, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não se pronunciou sobre a razão pela qual as empresas terceirizadas estão sem realizar o pagamento dos funcionários.
Na sexta-feira (12), porteiros da Rede Estadual de Ensino denunciaram que estão há dois meses com os salários atrasados. Na ocasião, a Seduc disse que notificou a empresa Martins e Reis LTDA sobre os atrasos dos benefícios de seus funcionários. Disse ainda que a empresa informou que quitou o 13º salário dos terceirizados e que até 30/01 os dois salários que estão atrasados serão pagos.
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