Sem abastecimento, moradores da Jordoa e Cidade Operária são obrigados a comprar água

Em São Luís, água na torneira é uma raridade. Moradores do bairro da Jordoa têm se virado comprando água ou abastecendo suas casas enchendo galões nas bicas espalhadas pela cidade. A conta de água, no entanto, ainda chega alta para alguns.

Rosimar Silva, por exemplo, está há 90 dias sem uma gota na torneira. Suas duas últimas contas, porém, chegaram com cobranças dobradas.

“Não tem água nenhuma. Uma situação muito desagradável, porque eu pago a conta. Todo mês eu pago a conta. Eu não tenho nenhuma (conta) em atraso. Aí eu vim aqui reclamar, mas eles disseram que eu tenho que pagar. Vou fazer o quê?”, lamentou ao Difusora ON.

Na rua Quinze C, no bairro da Cidade Operária, unidade 105, não é diferente. Os moradores estão desde o início de outubro sem abastecimento regular de água. Dona Izaura, de 81 anos, precisa acordar às 5h da manhã para ligar as torneiras que apenas sai vento, na esperança de juntar água nos baldes.

“Temos que racionar o pouco que conseguimos juntar ou comprar água no caminhão pipa. Estou cansada dessa situação, cansada mesmo. Eu pago R$117 todos os meses, para usufruir de uma água que só existe para a Caema,” enfatizou Izaura.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) negou que o bairro da Jordoa está há três meses sem água. Mas observa que o desabastecimento pode ser pontual e vai averiguar a demanda indo nas referidas ruas para resolver a situação.

Já sobre a Rua 15C, na Cidade Operária, a CAEMA diz que está realizando manutenção corretiva para melhora do abastecimento na região.

 

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