Vereador Domingos Paz é alvo de nova denúncia de abuso sexual

Após ficar em silêncio durante nova denúncia de abuso sexual feita pela vereadora, Silvana Noely (PRD), nesta segunda-feira (4), em sessão ordinária da Câmara Municipal de São Luís, Domingos Paz (Podemos) quebrou o silêncio e rebateu todas as acusações na manhã desta terça-feira (5).

Em nota enviada ao Difusora ON, o parlamentar disse estar sendo perseguido por adversários políticos e informou já ter protocolado junto à Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal, documentos que podem provar a inocência dele.

“Fui surpreendido novamente com uma nova acusação, da qual ainda não tenho conhecimento. Mais uma vez, irei enfrentar toda essa perseguição de cabeça erguida, confiando em Deus, na justiça e na determinação em provar, mais uma vez, a minha inocência. E que Deus, que sempre faz justiça, seja o meu justo juiz”, afirmou.

A nova denúncia de abuso sexual foi feita por uma jovem de 17 anos. Ela alega ter sido abusada pelo vereador no ano passado. Segundo a denúncia, a jovem que trabalhava na casa de Domingos Paz.  A vítima apresentou uma carta detalhando o ocorrido.

Com este caso, chega a cinco o número de denúncias contra Domingos Paz por abuso e assédio sexual. As denúncias anteriores foram feitas diretamente à polícia e correm em sigilo de justiça.

A atual denúncia é a primeira encaminhada à Câmara Municipal. A vereadora explicou que o regimento interno permite que a Comissão de Direitos Humanos receba tais denúncias. Noely mencionou um pedido de afastamento do vereador enquanto investigado, feito no ano passado, sem afirmar sua culpa.

Inquérito travados

Em janeiro deste ano o desembargador Antonio Bayma Araújo acatou pedido de habeas corpus ingressado na Justiça por advogados do vereador Domingos Paz, e trancou inquérito policial e proibiu qualquer sanção da Câmara de Vereadores contra o parlamentar, alvo de denúncias de abuso sexual contra cinco mulheres e uma adolescente.

O pedido dos advogados do vereador – Samir Diniz Saad, Melhem Ibrahim Saad Neto e Rafael Moreira Lima Sauia – tomou por base o fato de que a suposta prática do crime de atentado violento ao pudor teria ocorrido nos anos de 2006 e 2007 e por isso, segundo a defesa, “caducou”.

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