A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) anunciou a abertura de uma sindicância para apurar os fatos ocorridos em polêmica na última quinta-feira (17) em evento realizado no campus Bacanga, em São Luís.
A informação veio em nota publicada no portal oficial da instituição, bem como nas redes sociais da universidade.
Assim, diante da repercussão negativa do caso, a universidade também oficiou a AGU/Procuradoria Federal, responsável pela sua assessoria e consultoria jurídica.
A intenção é de que o órgão “adote os procedimentos judiciais cabíveis para resguardar os interesses institucionais, dados os prejuízos sociais e de imagem causados à universidade.”
Ademais, a UFMA suspendeu os eventos organizados pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) e pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etonologia e Política (GAEP), até o fim das investigações.
Os dois grupos foram responsáveis pelo evento da última semana.
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Outra medida adotada foi a revisão dos procedimentos para a realização de eventos no espaço acadêmico.
Além disso, a nota informa que o evento não foi custeado com recursos da instituição, haja vista que o financiamento foi realizado pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP)/CAPES.
A nota elenca ainda as contribuições da universidade em mais de cinco décadas no cenário nacional e internacional e pontua que “um ato isolado não pode apagar esta contribuição da UFMA para o desenvolvimento científico e tecnológico do país”.
Procurados pelo Portal Difusora News, integrantes do PGCult e do GAEP informaram que a orientação dos advogados é de não falar mais sobre o caso.
Relembre a polêmica
Na ocasião, a palestrante convidada Tertuliane Lustosa, cantora e historiadora, performou uma de suas músicas com uma dança erótica onde exibiu suas nádegas, cobertas por roupa íntima.
A palestra era parte do seminário “Dissidências de gênero e sexualidades”. O caso teve ampla repercussão em todo o país, gerando discussões entre defensores e críticos ao episódio.
Dessa forma, diante das críticas, a historiadora afirmou em suas redes sociais que “enfrentaria todo esse povo antiquado”.