Policiais, bombeiros e familiares de vítimas da violência na Região Metropolitana de São Luís precisam esperar horas para o recolhimento dos corpos. O motivo é a falta de rabecões do Instituto Médico Legal (IML) — existem apenas dois veículos para realizar o trabalho, mas um deles está quebrado há dois meses.
Conforme denúncia feita ao Difusora News, apenas um rabecão está em funcionamento para atender os 13 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Luís — uma população de cerca de 1,6 milhão de pessoas.
E esse único carro em uso tem apresentado problemas mecânicos graves, comprometendo o atendimento e colocando em risco a vida dos condutores. O veículo tem oito anos de atividade e estaria com os freios e suspensões comprometidos.
O outro veículo, usado há 15 anos, está há dois meses parado em frente à Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão. Cansado do descaço, um funcionário, que preferiu não se identificar, resolveu denunciar a situação.
“Estamos coagidos, o atendimento é feito na maioria do Maranhão. É um risco enorme tanto para os motoristas quanto para pedestres que o IML circule com um carro capaz de provocar um acidente”, contou o funcionário.
Segundo informações obtidas pelo Difusora News, a licitação para criação de uma oficina mecânica capacitada para consertos de ambos os veículos estaria sendo ignorada. Como solução, os problemas do carro em uso estariam sendo resolvidos paliativamente e de forma não satisfatória.
“São cinco motoristas, funcionando em regime de plantão para dois veículos. E um dos carros nem está funcionando direito, sendo consertado com gambiarra”, desabafou um dos profissionais.
O Difusora News questionou o Governo do Maranhão sobre a falta de veículos para remoção de corpos. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão disse que adquiriu seis carros tumba, mas não informou quando estarão à disposição.
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