Uma mulher denuncia a omissão de socorro por parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em São Luís. Márcia Araújo, 39 anos, conta que ficou cerca de quatro horas vendo o irmão agonizar, na manhã desta sexta-feira (4), enquanto aguardava a chegada de uma unidade. Após a espera, decidiu ir com a sobrinha até a porta do Samu para resolver a situação.
O Samu foi solicitado porque Genilson estava muito debilitado, segundo Márcia. Entretanto, a atendente teria rejeitado a ligação e dito que não havia sequer uma unidade do Samu para enviar.
“Ligamos várias vezes durante esse período e em uma dessas vezes a atendente desligou na nossa cara dizendo que era pra gente esperar. Quando a gente chegou aqui e vimos as três ambulâncias paradas não entendemos nada”, contou ao Difusora News.
A justificativa dada à família do paciente foi que os veículos estacionados no pátio da SAMU não realizavam atendimento e que precisariam esperar outra ambulância voltar do abastecimento.
“Vieram nos atender com maior desdém, como se fôssemos bichos, tratando a gente mal. E eu só queria só socorro para meu irmão”, desabafou.
Genilson Araújo, 41 anos, estava internado em uma unidade municipal, mas recebeu alta para prosseguir o tratamento contra tuberculose em casa. Nesta sexta-feira passou mal e precisou lidar com toda a situação.
Tia e sobrinha precisaram acionar a Polícia Militar para que o atendimento fosse realizado.
“Quero agradecer muito a PM e a imprensa, pois se não tivessem vindo aqui não sei o que teria acontecido”, pontuou Karla Cristiane da Costa, 22 anos, filha do paciente.
Situação constante
Além da omissão no atendimento, Karla denuncia que a falta de ambulâncias na unidade é constante. “Não é de hoje que isso acontece. A boca desse pessoal é dizer que não tem ambulância, sendo que ficam tudo paradas lá dentro. Se não fosse a polícia e a imprensa não sei o que teria acontecido”, finalizou.
O Difusora News questionou a Prefeitura de São Luís a respeito da omissão de socorro, das viaturas estacionadas no pátio da central do SAMU, no Filipinho, e quantas ambulâncias estariam em atendimento no período de 7h às 12h. No entanto, até o momento, nossa reportagem não obteve resposta.
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