Moradores e frequentadores denunciam aumento da violência no Centro Histórico

Moradores e frequentadores do Centro Histórico de São Luís reclamam do aumento da violência no local, que é um dos principais cartões postais da capital maranhense.

A principal reclamação é sobre a prática de assaltos a quem reside ou precisa passar pelo Centro Histórico e também aos turistas que visitam as ruas e prédios históricos de São Luís. Porém, além dos assaltos, há reclamação também sobre a depredação e/ou uso de casarões para o consumo de drogas ou como esconderijo de mercadorias roubadas.

Uma moradora do Centro Histórico, que preferiu não se identificar para resguardar sua segurança, disse que já presenciou crimes no local e que a prática tem aumentado desde que foi retirado o trailler da Polícia Militar instalado na Praça Nauro Machado.

“Sempre morei aqui e, infelizmente o descaso e a negligência com o Centro sempre existiu, principalmente com os abandonos e negligência dos casarões, que é uma das principais características culturais de São Luís”, contou.

A moradora conta ainda que antes da desativação do posto policial da Praça Nauro Machado, era possível andar com mais tranquilidade palas ruas do Centro Histórico e que, atualmente até as rondas policiais têm diminuído e até mesmo cessado após determinado horário da noite.

“O posto policial ajudava muito, pois os vândalos e os ladrões tinham receio de agir ou praticarem com frequência os crime. Lembro-me bem que andava tranquilamente pelas noites aqui no Centro, mas após o posto ser retirado daqui, isso não é mais possível. Depois de um certo horário infelizmente não se ver mais nenhum tipo de policiamento sendo feito”, finalizou.

Saques no Odylo Costa Filho
Um crime recente praticado no Centro Histórico foram os dois saques que aconteceram no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho. Os casos e a repercussão têm sido noticiados pelo Grupo Difusora. O espaço fica a alguns metros da Praça Nauro Machado, onde até poucos anos atrás estava instalado um posto da Polícia Militar.

Os crimes foram cometidos após o prédio ser fechado para reforma e não receber nenhum tipo de segurança patrimonial por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), responsável pela gestão do espaço. Em entrevista à TV Difusora, nesta terça-feira (16), o o delegado Day Robson, titular do 1º Distrito Policial, atribuiu a responsabilidade da insegurança no centro cultural à Seduc.
“Enquanto houver essa falta de guarita patrimonial vai ocorrer ainda mais de um, mais de dois, mais de três fatos relacionados ao prédio”, disse o delegado.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), informou ao Difusora News, que atua diuturnamente na segurança do Centro Histórico, efetuando policiamento nas modalidades motorizado e a pé, com efetivo atuando em pontos estratégicos da região e também realizando rondas. Ainda de acordo com a PM, a segurança no Centro Histórico conta ainda com o reforço de policiais de outras unidades, incluindo tropas especializadas do BPChoque, Rotam e Bope.

A nota informa ainda que as operações, tanto ostensivas, como preventivas, acontecem durante o dia e são reforçadas no período da noite. A SSP reforçou a importância de que vítimas de eventuais crimes da região registrem o Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil e ao Ciops (190).

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