Mais de 40 prédios da Prefeitura de São Luís podem ter o fornecimento de água cortado pela Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA). A ação é uma resposta à inadimplência de dez anos da gestão municipal, que tem débitos na ordem de R$170 milhões. Até o momento, 28 prédios tiveram o abastecimento de água cortados. Novos locais serão alvo da operação a partir desta segunda-feira (08).
O diretor de Comercialização e Relacionamento com o Cliente da CAEMA, Mauro Sérgio Muniz dos Santos, falou sobre a situação durante entrevista concedida nesta sexta-feira (05), nos estúdios da TV Difusora. “Eu estava com uma relação de mais 21 prédios para cortar o fornecimento, não concluímos todos. Como sexta-feira não se corta, na segunda nós retornaremos aos outros desta relação”, disse Mauro.
Como Eduardo Braide foi presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) de 2005 a 2006 e vice-presidente nacional da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estadual, no mesmo período, entende que o débito milionário da Prefeitura de São Luís afeta a entrada de recursos em caixa para arcar com melhorias do saneamento na cidade.
As dívidas da Prefeitura com a Companhia são referentes ao período de 2012 a 2022. “Estamos falando de um débito que já existe há 10 anos, mas que não tem uma justificativa plausível para a gestão atual não assumir esta responsabilidade, visto que toda a proposta foi feita em agosto, judicialmente e extrajudicialmente”, ressalta Mauro.
O diretor relembra que em 16 de janeiro de 2023, foi autorizado que fosse feita a campanha de negociação das dívidas para todos os consumidores, poderes públicos, indústrias e comércio. A campanha oferece desconto de 70%, com isenção de multa e juros, além da entrada de 10% e parcelamento do valor.
Ainda segundo Mauro, foram feitas diversas reuniões com representantes municipais onde foi fechado o acordo e levado ao prefeito Eduardo Braide para assinatura. No entanto, há apenas informações que o prefeito já aceitou, no entanto, não assina o acordo.
A Companhia informou ainda que após os cortes na água, se não houver pagamento, será a vez de iniciar o corte do esgoto.
O Difusora ON solicitou nota à Prefeitura de São Luís para falar sobre o impasse com a CAEMA, mas até o momento não obteve retorno.
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