Jovem de 17 anos cai no ‘golpe do nudes’ e perde R$ 1 mil em São Luís

Um jovem de 17 anos procurou a Polícia Civil, nesta segunda-feira (11), para denunciar ter sido vítima do “golpe do nude” em São Luís (MA).

Ele disse aos policiais que se tornou vítima de estelionatários após receber mensagens de uma suposta mulher em um grupo desses aplicativos de mensagens (como o WhatsApp e Telegram). Posteriormente, um homem que alegava ser delegado começou a exigir dinheiro para não expor as imagens intimas na internet.

Diante das ameaças, a vítima efetuou transferência de R$ 1 mil para o suposto delegado. O jovem disse que a suposta mulher estava em um grupo evangélico e que se soubesse se tratar de um golpe jamais teria enviado fotos.

“A mãe dele se desesperou com a chantagem e acabou pagando, mas eles não pararam por aí. Pediram mais dinheiro, vasculharam a vida dela e encontraram outros parentes. Tudo isso para ameaçar expor ele. Por isso, resolvemos vir aqui no Plantão Central para registrar a ocorrência”, pontuou.

O que é o golpe?

Segundo as autoridades, o golpe funciona da seguinte forma: os criminosos utilizam nomes fictícios e imagens reais de mulheres atraentes, chamam homens para uma conversa em aplicativos de mensagens (como o WhatsApp), e trocavam imagens íntimas.

Depois que os estelionatários adquirem as imagens das vítimas, eles criaram uma nova identidade para abordar o homem e extorqui-lo: este novo personagem era responsável por informá-lo de que as mulheres eram, supostamente, menores de idade. Em seguida, exigia dinheiro para não divulgar as fotos íntimas e as conversas.

Como se proteger contra este golpe?

Solicite videochamadas: a troca de imagens é algo arriscado, pois não há garantia que as fotos pertencem à pessoa com quem você conversa. Por isso, o mais indicado para atestar a identidade da outra pessoa é solicitar uma videochamada, o que pode intimidar o criminoso a parar de conversar com você, caso esteja utilizando imagens de uma pessoa diferente para se comunicar. Contudo, isso só daria certo se a mulher envolvida também fosse uma vítima, pois se ela estiver do lado dos criminosos, essa estratégia não surtirá efeito;

Analise o perfil de quem conversa com você: quando se trata de um perfil no Facebook, por exemplo, os criminosos costumam adicionar como amigos apenas os possíveis alvos. Desta forma, o mural de amigos não tem pessoas jovens com a mesma idade da moça, não tem fotos de família nem nada parecido. Então, se uma mulher conversar com você de modo sexual e o perfil dela detiver apenas homens mais velhos como amigos, desconfie;

Não compartilhe informações pessoais: é muito provável que as vítimas sejam solteiras e morem sozinhas, desta forma, ao desenvolver um novo relacionamento com alguém “de confiança”, acabam compartilhando informações pessoais. Vale lembrar que o golpista também pode utilizar destas informações para extorquir as vítimas, por isso, o ideal é nunca compartilhar informações pessoais;

Confirme a identidade da mulher: caso a aparência da mulher com quem conversa seja muito jovem, o mais indicado é confirmar a identidade da mesma antes de prosseguir com as conversas. Para isso, é possível, por exemplo, solicitar uma foto da identidade dela;

Encontre-se pessoalmente: outra dica valiosa é pedir por um encontro em um local público. Isso permite que ambas as partes possam se conhecer e atestar a identidade um do outro. Particularmente, essa técnica pode ser aplicada após pedir uma foto da identidade, pois o documento irá confirmar a aparência da pessoa em um encontro;

Tome cuidado ao enviar fotos íntimas: o ideal seria evitar esse compartilhamento de dados, mas caso deseje fazer assim mesmo, é ideal não enviar fotos que contenham seu rosto ou que mostrem tatuagens, marcas de nascença ou qualquer outro detalhe que possa ser conectado a sua identidade. Também é interessante utilizar o método de visualização única, em que a pessoa que recebe a foto só pode visualizar o conteúdo uma única vez e não consegue tirar captura de tela.

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