Dinheiro pode ser de tráfico, sonegação ou compra de votos, diz delegado

O delegado titular da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Augusto Barros apontou, em entrevista ao repórter da TV Difusora, Fábio Cabral, as possíveis linhas de investigação que a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) deve seguir para desvendar o caso do Renaut Clio, de cor vermelha, abandonado com mais de R$ 1 milhão no porta-malas, em uma rua do bairro Renascença, em São Luís, na tarde desta terça-feira (30).

De acordo com o delegado, apenas a partir das oitivas de testemunhas e de análise do veículo é que serão direcionadas as linhas de investigação. Augusto Barros entretanto, citou algumas das possibilidades que estão sendo cogitadas pela Polícia.

“Não dá ainda para afirmar a origem do dinheiro. Se estamos diante de valores que tem origem no tráfico de drogas, na sonegação fiscal, no roubo a banco ou a carros-fortes. O pessoal fala muito em política, nessa fase do ano que estamos”, explicou.

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O delegado contou ainda que a Polícia Civil já identificou o proprietário do veículo. O nome foi descoberto após cruzamento de informações da placa do carro. “Temos um nome descoberto, mas ainda vamos fazer a checagem de cruzamento de informações de placa e chassi e verificar se o proprietário estava ou não de posse do veículo, antes de intimá-lo para os devidos esclarecimentos”, informou o delegado.

Próximos passos
Após o carro e o dinheiro serem levados até a SEIC, alguns moradores foram convocados na condição de testemunhas e, prestaram depoimentos sobre como se deu a percepção e descoberta do veículo.

De acordo com o delegado Augusto Barros, os próximos passos serão para identificar outras pessoas que tenham relação com o carro, além do proprietário que já foi identificado.

“Vamos analisar imagens de câmeras de segurança da região onde o carro foi encontrado para saber se capturou alguém que tenha relação com o veículo. Vamos ainda fazer perícias para saber se a placa do carro bate com o chassi e saber se de fato esta placa pertence ao veículo e, portanto, se pertence ao proprietário já identificado nas pesquisas preliminares”, relatou.

Ainda segundo o delegado, será necessário também constatar, através de perícia, se o dinheiro é mesmo verdadeiro ou se há dinheiro falso. A partir de todas as constatações, segundo Augusto Barros, deverão surgir elementos que vão possibilitar seguir uma linha de investigação ou outra.