Comerciantes e clientes do Mercado Central de São Luís reclamam da demora na reforma do local. Segundo eles, as obras intermináveis atrapalham as vendas e muitos consumidores deixam de frequentar o mercado à procura de produtos.
Em agosto de 2023, iniciaram-se as obras com a previsão de conclusão ainda neste ano, conforme o prazo estabelecido pela Justiça do Maranhão.
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No entanto, os vendedores afirmam que continuam no mesmo lugar e que adiaram a data para o remanejamento para o ano que vem.
“Disseram que em 2025 eles vão entregar os galpões no sentido do anel viário e, depois de feito isso, a gente vai se mudar para lá. Eles (a prefeitura) vão derrubar isso aqui e começar do zero”, relata Raimundo Soares.
Ivanildo de Jesus, que trabalha no local há 30 anos, afirma que nunca viu ninguém fazer uma obra e que é urgente reparar o Mercado.
“Estão prometendo para nós melhorias e reforma imediata para o Mercado Central. A gente está na expectativa; temos que sempre acreditar no melhor, porque o mercado já tem mais de 80 anos e já pedimos isso há muito tempo. Precisamos de um conforto e de uma segurança melhor”, desabafa.
Mesmo com a incerteza quanto à reforma, os vendedores que dependem do local para viver estão esperançosos.
“Eu estou achando que vai melhorar, porque hoje a gente está precisando de uma reforma no Mercado Central, que está no estado em que está. Veio essa proposta de reforma, então a gente está aguardando, talvez até o próximo ano”, diz o senhor Sandoval Britto.
Mercado Central
Fundado em 1864, o Mercado Central tornou-se o espaço mais antigo e um dos mais populares de São Luís, abrigando mercados e feiras que abastecem grande parte da cidade.
No mercado, comerciantes oferecem alimentos que você dificilmente encontra em outros locais, como doces caseiros, bebidas regionais, animais de estimação, produtos agrícolas, ervas medicinais, entre outros.
Além disso, tombaram o conjunto em torno do Mercado Central como patrimônio histórico de São Luís. O juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Melo Martins, explica:
“Há um tombamento do conjunto arquitetônico que o Mercado Central integra. Portanto, todo esse conjunto arquitetônico em torno do mercado é tombado.”
“Desse modo, é dever do proprietário de imóvel tombado preservá-lo, mantendo-o em bom estado de conservação e resguardando as características arquitetônicas e históricas que justificaram o tombamento”, declarou.
Após dois anos, a população ainda sofre a espera de um mercado. Em nota, a Secretaria Municipal de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais (SEMISPE) informa que a obra do Mercado Central de São Luís está em andamento com a construção do Mercado Provisório, além de que as obras iniciaram em 2021 e tem previsão de entrega somente para 2025.
