O desrespeito e a falta de acessibilidade ainda costumam ser um problema para quem é portador de necessidades especiais.
Jêmina Mendes, de 25 anos, que mora em Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís, passa por maus momentos quando precisa utilizar o transporte público para realizar atividades, como ir para a faculdade, consultas e até lazer.
A jovem disse ao Difusora On que gasta em média de 30 minutos a uma hora de espera por um ônibus que tenha o elevador ativo e que em apenas um dia, quando estava a caminho da faculdade, ela fez parada para 17 veículos e em nenhum deles, o elevador funcionava.
“É um direito meu de ir e vir que não está sendo cumprido. Isso é tão ruim, que eu já perdi a vontade de ir para algum de lazer, porque eu já sei a demora e me sinto constrangida diante das pessoas que estão me acompanhando por chegarem atrasadas nos compromissos”, afirmou Jêmina.
Ainda em depoimento, ela afirma que usou as próprias redes sociais para fazer denúncia das condições do transporte público de Paço do Lumiar, mas até agora nenhuma providência foi tomada.
O 3.º artigo da Lei n.º 13.146, de 2015, ampara as pessoas com deficiência e fala dos direitos de acessibilidade, bem como direito de uso de serviços de uso coletivo, sejam públicos ou privados.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-MA, Macela Proença, destacou a importância de esclarecer os direitos, bem como educar e alertar a população sobre a acessibilidade.
“Precisamos romper com o que chamamos de barreiras atitudinais. A partir do momento que a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida faz sinalização de que vai tomar um transporte e o motorista não recebe a pessoa por falta de acessibilidade ou porque o elevador não funciona, está colocando uma barreira, ou o comportamento que ele reproduz perante a sociedade”, destacou.
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