O negro ganha 37% a menos do que as pessoas autodeclaradas brancas no Maranhão, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (6).
O levantamento também apresenta um panorama sobre a realidade socioeconômica, com capacidade de revelar as condições de vida da população. Apesar de ter a população negra como predominante, são os brancos que ganham mais.
Em 2022, os homens negros obtinham uma renda mensal de R$ 1.464, – 37,4% inferior à de um homem branco. Já na comparação da renda mensal entre mulheres: uma mulher negra ganha 38,5% (R$ 1.328) a menos do que uma mulher branca.
O rendimento-hora dos trabalhadores ocupados brancos (R$ 20,10) foi 61,4% maior que os trabalhadores negros (R$ 11,80). A disparidade é ainda maior quando se analisa o rendimento médio real, que revela que os brancos (R$ 3.273) ganharam 64,2% a mais que os negros (R$ 1.994).
Além disso, o estudo mostra que, por mais que o índice de trabalhadores informais tenha sofrido uma queda, o Maranhão ainda apresenta um número elevado: 65,5%. A maioria trabalha na construção civil e em trabalhos domésticos.
Rendimento domiciliar per capita médio mensal
Ainda segundo a pesquisa, no Maranhão, as famílias majoritariamente brancas possuem um rendimento domiciliar superior à renda dos domicílios onde vivem pessoas negras e a proporção de pessoas sem rendimento ficou acima da média nacional, que foi de 1,4% – o sétimo estado da federação com a maior proporção de pessoas sem rendimento.
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