Um aeroporto de grande porte precisa funcionar ao longo do ano em perfeita harmonia. Todos os funcionários devem cumprir suas funções da melhor maneira possível para garantir sempre a segurança dos passageiros. Dentre os inúmeros funcionários de um terminal aeroportuário, o fiscal de pátio tem um papel fundamental, e como forma de reconhecimento, no último domingo (18), foi celebrado o Dia do Fiscal de Pátio.
O fiscal de pátio está sempre na pista, faça sol ou faça chuva, atento à decolagem e ao pouso dos aviões. O profissional inspeciona e procura qualquer objeto, pessoa ou animal, que possa interferir na chegada e saída das aeronaves. Além disso, é responsável por sinalizar e guiar o piloto exatamente para a vaga que o avião deve estacionar, orientar o deslocamento de pessoas em áreas restritas e fiscalizar as operações de equipamentos e veículos no pátio.
Na capital maranhense, o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado registrou em 2023 uma movimentação de mais de 1 milhão e 500 mil passageiros. Vivendo esse ritmo há mais de 3 décadas, Joaquim Barbosa, fiscal de pátio do aeroporto de São Luís, não escondeu a sua alegria por ter um dia que celebre sua profissão e destacou o grau de responsabilidade que sua função requer.
Joaquim Barbosa afirmou que mesmo depois de tantos anos trabalhando como fiscal de pátio, ele ainda se sente feliz e realizado.
“Sou muito feliz e me sinto realizado na área em que estou trabalhando. Amo o que faço e eu aconselho as pessoas que querem ingressar nessa área que ingressem porque vão se sentir muito felizes”.
Começando sua carreira na profissão, Dara Santos de 26 anos, está há um ano e onze meses trabalhando como fiscal de pátio e ressaltou que a responsabilidade é grande, mas é um trabalho tranquilo quando as normas de segurança são aplicadas.
“É um trabalho tranquilo. É muita responsabilidade, mas é bom trabalhar no que eu faço. O fiscal de pátio tem que ter muito cuidado, tem que vigiar a aeronave e aplicar procedimentos com base em normas que envolvem a segurança da aeronave”.
Dara Santos reforçou o papel da mulher em um profissão de risco e de responsabilidade. A fiscal de pátio do aeroporto de São Luís afirmou que as mulheres dão conta do serviço e que ser fiscal de pátio é uma maravilha.
“É uma nova área para as mulheres e eu acho que é um caminho de maravilhas. A mulher ela tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades e dão conta do serviço, nós podemos tudo”.
Para auxiliar no trabalho do fiscal de pátio, existe o operador do centro de operações aeroportuárias (Apoc). O profissional que atua nesta função tem a responsabilidade de avisar ao fiscal pátio qual aeronave está se aproximando para o pouso e qual vai decolar. Além disso, em caso de pouso, o funcionário da Apoc relata em qual vaga esse avião deverá ser estacionado. Luiz Rodrigo Fernandes é um operador no centro de operações aeroportuárias e descreve como trabalha em colaboração com o fiscal de pátio.
“Nos passamos de antemão para os fiscais de pátio todas as informações dos voos que estão aqui pelo espaço aéreo de São Luís. Todos os voos que vão pousar ou decolar são relatados e os fiscais de pátio ficam em posição para que possam receber as aeronaves com máxima segurança possível.”
Luiz Rodrigo Fernandez finaliza destacando a importância do fiscal de pátio para a segurança de todos no aeroporto.
“Eles estão responsáveis por fiscalizar as operações tanto do desembarque como do embarque dos passageiros, mas não é só a comodidade dos passageiros, mas também a segurança dessas viajantes. Porque isso envolve o trabalho de todas as pessoas que estão aqui no aeroporto como as companhias aéreas, operadores de cargas e nós mesmos do centro de operações aeroportuárias. O fiscal de pátio está com olho lá na hora para trazer máxima segurança nas operações”.
Para ser um fiscal de pátio, o interessado deverá se inscrever em curso específico para exercer a função. Em seguida, o aluno passará por um período de treinamento e só então será avaliado. Alguns cursos de especialização na área são realizados em outros estados, proporcionando ao aluno a oportunidade de conhecer novos lugares.
“Eu tive o privilégio de conhecer Belém, Goiânia, Foz do Iguaçu e Petrolina, tudo custeado pela empresa”, festejou Joaquim Barbosa.
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