Até julho deste ano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 52 trabalhadores em condições análogas à escravidão no Maranhão. O número destaca a gravidade da situação, especialmente em áreas como as carvoarias, onde muitos dos casos de exploração laboral foram registrados.
Em resposta a essa realidade, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou, nesta segunda-feira (11), uma audiência com empresas de carvão.
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Além disso, os representantes exigiram que as empresas comprovem o cumprimento integral dos direitos trabalhistas.
Durante o encontro, coordenadores apresentaram os dados mais recentes sobre o assunto, com foco nas práticas de trabalho nas carvoarias, têm alvo de fiscalização.
Essas empresas fazem parte da cadeia produtiva de ferro-gusa, e o MPT aponta que as grandes indústrias precisam fiscalizar seus fornecedores.
“O mapeamento realizado nos últimos dois anos pelo MPT comprovou que a grande indústria se beneficia do trabalho escravo na produção da matéria-prima. Isso exige uma postura diligente de fiscalização”, explicou Luciano Aragão, coordenador nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo.
O coordenador regional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo, Rafael Mondego, afirmou que a prioridade é prevenir lesões a direitos trabalhistas, principalmente nas etapas iniciais da cadeia produtiva.
“As empresas no topo da cadeia devem adotar medidas para garantir que seus fornecedores não pratiquem trabalho escravo.”
Há 20 anos, o setor prioriza a garantia dos direitos dos trabalhadores, e as entidades ligadas à indústria intensificaram o controle e a fiscalização. O presidente do Centro das Indústrias, Cláudio Azevedo, destacou os avanços na luta contra o trabalho escravo.
“Desde 2006, com a criação do Instituto Carvão Cidadão, conseguimos fiscalizar as carvoarias, fechando mais de duas mil delas. Hoje, a situação está mais controlada.”
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