A volta de filas na madrugada para agendamento de consulta provocou, a sobrecarga nas unidades de urgência e emergência, a falta de leitos, cirurgias e medicamentos, fez com que o Ministério Público do Maranhão elencasse os quatro principais problemas da saúde pública da Região Metropolitana de São Luís, a maior cidade do território maranhense.
Nesta quarta-feira (17), o promotor da Promotoria de Saúde, Herberth Figueiredo pontuou a precariedade na pasta e apontou como principal problema enfrentado o grande volume de pessoas em busca dos serviços de saúde pública no estado.
Segundo o promotor, o primeiro eixo a ser destacado é o da urgência e emergência que é a porta de entrada dos hospitais Socorrão 1 e 2 e Hospital da criança. Além disso, tem os casos dos hospitais de internação psiquiátrica, onde existe uma demanda muito grande de reclamações de maus-tratos nessas clínicas.
“Essa é uma demanda grande que a gente também tem apurado e tem movido as ações pertinentes. No sentido de buscar a melhoria desses serviços, principalmente a parte física, estrutural e organizacional das unidades de saúde, principalmente nas clínicas psiquiátricas”, relatou.
O promotor falou também que o longo tempo na fila de espera por cirurgias nos hospitais do estado tem feito muitas vítimas nos últimos meses e essas perdas remetem ao pouco investimento no setor.
Casos como o da idosa Maria Ferreira Passos, de 61 anos, que perdeu a vida mesmo com oito decisões judiciais favoráveis a realização da cirurgia, são exemplos dessa ineficiência. Ou exemplo dessa realidade é o da jornalista e influenciadora Andressa Miranda que aguarda o procedimento da filha há mais de um ano.
“Nós temos uma demanda reprimida muito grande no que diz respeito a fila de espera de pacientes que estão aguardando por uma cirurgia. Hoje são realizadas basicamente dentro do sistema, no Hospital Carlos Maciel e no Hospital Universitário Presidente Dutra, também com uma fila de espera imensa, que beira a casa de quase mil pacientes”, destacou o promotor.
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